No início, começou como um protótipo do que seria um novo jogo do Mario para o Famicom Disk System do NES. Um jogo multiplayer onde o principal objetivo era atirar itens em seus adversários. Por não ser tão divertido, a ideia ficou encostada por algum tempo. Foi então, que em meados de 1987, Kensuke Tanabe, o diretor deste que seria o novo jogo do Mario, retomou suas atividades. Com desenvolvimento de Shigeru Miyamoto e trilha sonora composta por Koji Kondo, surge uma nova proposta deste título, que não seria um jogo do Mario, mas sim um jogo com os personagens cedidos de um programa de TV pela Fuji Television em parceria com a Nintendo. Ai nasceu Yume Kōjō: Doki Doki Panic.
Um livro mágico! O que será que ele faz? |
Um mundo dentro de um livro
Yume Kōjō: Doki Doki Panic conta a história de uma família que vai parar dentro de um livro para salvar duas crianças desaparecidas. Com roupas tipicamente árabes, são eles: Imajin, o filho mais novo que possui velocidade e força equilibradas; Mama, a mãe que possuiu grande velocidade e pode pular mais alto que todos eles; Lina, a filha, mais fraca, porém com poder de flutuar; e Papa, o mais forte, porém o mais lento e de menor pulo, devido a sua barrigona. No início do jogo era possível escolher com qual dos quatro personagens você iria jogar, bem como continha uma lista com os níveis a superar de cada um deles. O jogo só seria realmente zerado se fosse totalmente terminado com cada um dos personagens, o que exigia uma grande habilidade do jogador para aproveitar as vantagens e fraquezas de cada um.
Tem algo familiar neste jogo, você não acha? |
Esse quarteto lembra alguém? Pois é, Yume Kōjō: Doki Doki Panic ficou conhecido aqui no Ocidente como Super Mario Bros. 2. Acontece que a versão japonesa de SMB2 fora considerada muito difícil para crianças pela Nintendo of America que incorporou elementos do universo Mario ao jogo. Também fez o favor de lançá-lo em cartucho, dispensando aquele disquete horrível que precisava ser intercalado entre lado A e B de tempos em tempos durante a jogatina. Foi então que Imajin virou Mario, Mama virou Luigi, Lina virou Peach e Papa virou Toad. O jogo tomou a forma como é conhecido e hoje é tido como um dos títulos mais peculiares do bigodudo.
E foi assim que Yume Kōjō: Doki Doki Panic virou Super Mario Bros. 2 |
Importância ao universo Mario
Foi graças a este jogo que hoje temos um Luigi saltador, Shy-Guy, Birdo, e muitos outros inimigos que, originalmente pertenciam a Yume Kōjō: Doki Doki Panic. O jogo original trouxe sua beleza e maestria para o universo Mario e nos levou a um mundo de sonhos dominado por malvados pesadelos e só sucesso até hoje com várias remasterizações para SNES e GBA e, claro, os japoneses não saíram no prejuízo já que a versão mariotizada de Doki Doki veio para o Famicom com o título de Super Mario USA, alguns anos mais tarde.
Se o SMB2 japonês era nível ultra hard asiático, Super Mario USA seguiu um estilo um pouco menos hardcore |
Revisão: Jaime Ninice