Blast Test: Rayman Legends (Wii U)

É assim que são as consultas odontológicas em Glade of Dreams

A Ubisoft tem se mostrado uma grande parceira da Nintendo. Foi assim no início da vida do Wii, do 3DS e agora do Wii U. Seus exclusivos para o novo console da Nintendo ganharam destaque da mídia e dos gamers e, entre eles, está Rayman Legends. Como prometido, a demo no eShop do Wii U está disponível e nós testamos para contar todas as impressões que o título nos reserva.

A primeira lenda do Wii U

A demo de Legends é a mais leve disponível no eShop do Wii U, ocupando 577 MB e pode ser executada até trinta vezes. Um detalhe curioso é que, assim que você iniciar a demo, uma mensagem é exibida, perguntando se você deseja compartilhar informações com a Ubisoft. Sinal de que a empresa está preocupada com a recepção do game.

Rayman Legends promete manter tudo o que foi visto em Origins, mas incrementar com as características únicas do Wii U. Os traços dos lindos visuais vistos no game anterior foram mantidos e a alta definição do console deu mais cores, brilho e vida aos belos cenários. Os traços, que parecem obras artísticas, mostram o quanto a direção de arte do título é competente.

É possível jogar sozinho, mas o bom multiplayer é o indicado.
Brigas pelo uso do GamePad, aí vamos nós!

Ainda seguindo a linha do título anterior, a jogabilidade não mudou em nada. Você ainda usa o direcional (ou o analógico esquerdo) para controlar Rayman (ou outro personagem, já que a demo possui vários deles selecionáveis), havendo um botão para correr, outro para pular e um para bater. Mas, se estamos falando de um título exclusivo do Wii U, como é que funciona o GamePad?

"Vou dar um kamehameha
nesse texto idiota!"

O ideal é que você jogue com mais alguém, pois assim a demo apresenta todo o potencial. Mesmo possuindo três fases distintas, há somente um estágio que, jogando sozinho, exige que você controle Murphy, o personagem que é controlado pela tela de toque do controle do Wii U. Dessa forma, a Inteligência Artificial fica no comando do personagem principal e você passa a interagir com o ambiente e inimigos para auxiliá-lo. De certa forma é funcional, mas um detalhe que intrigou foi o fato da Inteligência Artificial não voltar para resgatar os Teensies, os pequenos seres do jogo. Isso pode ser um sinal de que, quem for jogar sozinho, dificilmente fará 100% no game. No multiplayer, até cinco pessoas podem jogar simultâneamente, quatro com Wii Remotes na horizontal e uma pessoa com o GamePad.

Uma fase de cada vez

Como dissemos, a demo possui três fases distintas, cada uma demonstrando aspectos únicos de Legends. Aqui elas são apresentadas em quadros, bastando saltar na frente deles para entrar no estágio desejado. Então, hora de conferir o que cada fase apresenta:

Dá uma mãozinha aí?

Murphy pode matar inimigos e
interagir com o itens do cenário

A primeira fase, Teensies Trouble, é a única que, quem for jogar sozinho, pode controlar Murphy. É aqui que somos apresentados aos conceitos do título, como por exemplo, que dessa vez precisaremos resgatar oito Teensies em cada estágio (em Origins eram os Electoons), sendo que dois deles estão em passagens secretas. Para encontrá-los, basta ficar atento ao singelo “help” que sai dos speakers do GamePad.

Interagir com o cenário controlando Murphy no GamePad é divertido. Você pode fazer cócegas nos inimigos para desarmá-los, esfregando o dedo (ou a stylus) na tela tátil sobre o mesmo; retirar inimigos da terra puxando-os (tocando neles e movendo o dedo para cima); mover plataformas para fazer Rayman atravessar buracos, cortar cordas para abrir caminho e até inclinar o GamePad para mover blocos de madeira. Além disso, passar o dedo sobre os Lums (os seres amarelos brilhantes), os deixam lilás e valendo o dobro de pontos.

De vento em popa

Sapos paraquedistas, a gente vê por aqui

A segunda fase, Toad Story, é mais lenta. Um detalhe interessante é que a pessoa que controla Murphy pode interagir com objetos ou inimigos em primeiro plano ou no fundo do cenário. Há momentos em que aparece um sapo ao fundo e, ao tocar sobre ele, você o derruba. A fase é toda baseada no vento e, pressionar o botão de pulo após um salto faz com que Rayman, ou outro personagem, plane. Também podemos notar os desafios das passagens secretas como, por exemplo, a bola de futebol que os personagens precisam fazê-la acertar o Teensie na jaula.

“Rock’n’Run”

Rock and Rayman!

Se fossemos definir a terceira fase, sensacional seria a palavra exata. Se você jogou Origins, deve se lembrar que havia fases em que era preciso correr e seguir um pequeno baú. Em Legends essas fases voltam, mas seu objetivo é avançar sem parar, superar inimigos e obstáculos ao som de um rock até o final da fase. O que surpreende são os toques instrumentais que acompanham seu avanço pelo estágio. Ao deslizar sobre as correntes você ouve o som de guitarras e ao socar inimigos é possível notar batidas de pratos de bateria. O áudio é viciante e é bem capaz de você sair assoviando as músicas. Um detalhe que deve ser notado é que há sons e grunhidos que saem dos speakers do GamePad.

“Raymais”

A demo é tão impressionante que, com certeza, você a jogará mais de uma vez, e ainda ficará com o gostinho de ‘quero mais’. Também há um vídeo que pode ser assistido, mostrando tudo o que Legends promete proporcionar. Com ideias de uso do GamePad criativas, o título tem de tudo para se tornar um dos melhores e obrigatórios jogos do Wii U. Uma pena o título ter sido adiado para 26 de fevereiro de 2013, mas torcemos para que a espera valha a pena. E se depender da demo, valerá.