História dos dragões
Prólogo |
Agora a tarefa de Ryu é salvar seu reino |
Entre andanças pelas cidades e variadas missões
Prontos para embarcar nessa viagem? |
Bleak, a cidade dos ladrões |
A utilização do tempo em favor das características locais traz grande influência ao jogo. As passagens do dia, tarde e noite propiciam estratégias diferentes, como ao planejar emboscadas em uma cidade durante a noite quando os guardas estiverem dormindo, ou mesmo visitar cemitérios que revelam surpresas nesta hora. Com o passar dos eventos, as cidades também mudam seus aspectos, algumas se recuperando do caos e até com comemorações festivas.
Você terá muito o que fazer em Breath of Fire em mais de trinta
horas de duração. Libertar pessoas, abrir rotas, manter o funcionamento das
cidades, entre outros eventos, farão parte de sua jornada. Passagens por
calabouços são recorrentes e muitos se assemelham a uma série famosa no mundo
dos RPGs da Fantasia ao apresentar cenários rústicos e apocalípticos. Outros
jogadores poderão notar qualidades “hyruleanas” ao abrir baús e resolver
enigmas para passar pelos locais.
Elenco batalhador
Os personagens de Breath of Fire, além de contarem com uma
história de vida muito interessante que se entrelaçam durante o enredo do game,
possuem diversas habilidades relacionadas às suas características animais, e
são elementos obrigatórios para percorrer o mundo ainda não explorado do jogo
(semelhanças à série Metroid são lembradas). Conheça mais sobre cada um deles:
Ryu – O
protagonista da aventura e descendente do clã dos White Dragon. Ryu possui
diversas habilidades como se transformar em Dragões, além de poder pescar em
determinados lugares.
Nina – A curadora
da equipe é também a filha do Rei de Windia. Além de conter um alto poder de
magia, Nina também consegue transportar toda a equipe ao transformar-se em um
grande pássaro.
Karn – O
personagem mais obscuro de todos. Karn mora na cidade de Bleak, a terra dos
ladrões. Suas habilidades de destrancar portas e cadeados são de grande
utilidade no grupo.
Ox – Membro da
Iron Ogre Clan, com sua força é capaz de quebrar paredes e pedras que estiverem
no mapa, além de conseguir alguns itens ao balançar árvores. Sua esposa, com
seis meses de gestação, espera seu bebê.
Mogu – O
pequenino ser pertencente à raça das toupeiras vive em um mundo construído
muitos metros abaixo do solo e é apresentado ao estar em sono profundo. Mogu
possui habilidades de cavar em determinados locais, o que pode lhe render
valiosos itens.
Tradição com doses de frescor
Lindos cenários tropicais em Tunlan! |
Breath of Fire é um RPG com doses
de tradicionalidade, porém,
com um roteiro e direção dignos de um bom romance. Seu mundo, raças,
personagens e culturas trazem todas as características para transformar e criar
unidade cultural ao jogo.
As batalhas seguem o tradicional esquema de combates por turnos,
modo automático, com visão isométrica e também posicionamento de personagens
frente à batalha. Há um limite de quatro guerreiros na frente armada, esta que
também pode ser implementada com a realização de fusões entre personagens.
A distribuição de atributos pelas habilidades dos personagens acontece de maneira automática a cada nível completado, evidenciando as habilidades naturais de cada participante. Diferentes lojas e mercadores possibilitam a compra de armas e armaduras para um aumento manual das habilidades de cada guerreiro, através do inventário disponível.
Maravilhoso mundo épico
Breath of Fire conta com maravilhosos aparatos técnicos e um
deles é a sua linda trilha sonora. Composta por alguns membros do time de
compositores da Equipe Apha Lyla da Capcom, entre eles Yausaki Fujita, Minae
Fuji e Yōko Shimomura, além de Mari Yamaguchi, a música consegue captar o clima
dos ricos ambientes do game de maneira única, apresentando uma medievalidade
muito bem representada, com toques instrumentais jamais vistos em outras séries
de RPG.
Mystic Forest Theme
São músicas carregadas de arpejos e sons orquestrais digno
de filmes, com instrumentos como o cravo e o pianoforte fazendo suas vezes na
construção característica da obra. O interessante é que toda a trilha sonora é
bem variada e muda de acordo com o passar dos eventos – há pelo menos duas
músicas para batalhas normais, além de outras mais ao caminhar pelo mapa, sem
falar nos temas de cada cidade, entre outros.
Ratos pelas beiradas da caverna |
Já no que tange à parte gráfica, os cenários são belos e bem construídos, com detalhes como pequenos ratos andando pelas beiradas das cavernas, luzes acesas nas janelas e portas das cidades durante a noite, ambientes aumentados nos momentos das batalhas (muitas como pontes e nas proximidades de lagos, por exemplo), etc. Os personagens são apresentados pelos traços inconfundíveis de Kenji Inafune, artista reconhecido pelo seu trabalho com a série Mega Man e Street Fighter.
Versão portátil do jogo para GBA! ‘Port’átil
Breath of Fire também recebeu uma versão para o Game Boy Advance em 2001, seguindo a linha de muitos games clássicos que foram relançados para o console. Este lançamento portátil não trouxe grandes mudanças como extras, mas introduziu uma melhora gráfica, com algumas mudanças visuais de personagens e chefes, sistemas de animação, leve modificação na dificuldade do game, além da possibilidade de trocar itens através do cabo Game Link do GBA.
Para todos que já viveram esta aventura ou mesmo para o jogador que decidir conhecer melhor Breath of Fire, encontrará um RPG consistente, tipicamente épico e que proporcionará experiências únicas ao lado de personagens cativantes e enredos profundos. Uma boa pedida para amantes do universo dos bons RPGs do Super Nintendo!
Revisão: Luigi Santana