Todo mundo tem aquele jogo em especial que quer ver evoluindo, melhorando e aproveitando novos recursos. A equipe do GameBlast não é exceção, por isso trouxemos a vocês a lista do que queremos jogar no Wii U. Foram dezenove games nas primeiras partes deste especial, e agora mostramos as nossas últimas oito ideias. Será que alguma delas se tornará realidade?
Okami
Okami foi lançado para o PS2 já no fim da vida do console pelo já dissolvido estúdio Clover, da Capcom. Não é preciso muito esforço para reconhecer no jogo vários traços da sua maior inspiração: The Legend of Zelda. Praticamente toda a estrutura do game vem da série tradicional da Nintendo, o que, ao contrário de outros casos, de forma alguma é um ponto negativo. Okami não apenas aproveita conceitos de Zelda sem abaixar o nível, também traz ótimos acréscimos: o visual lindo que mais parece uma pintura japonesa, a história baseada em diversas lendas e criaturas do folclore nipônico, o tamanho colossal (o game é extremamente longo) e o celestial brush, ou “pincel celestial”, a mecânica mais marcante do jogo. Ao longo da sua jornada você obtém pinturas e deve literalmente desenhá-las na tela para ativar os mais variados poderes, como bombas, reviver árvores, consertar pontes e cortar monstros.
Por conta dos controles, Okami foi refeito para Wii com a possibilidade de pintar a tela com movimentos do Wii Remote. Uma sequência, Okamiden, foi lançada para DS onde, graças à stylus e à tela de toque, finalmente pudemos realmente desenhar na tela. Atualmente Okami HD, remake do jogo original, está sendo produzido para PS3 e será vendido apenas digitalmente. Apesar de todas essas versões, não há console mais perfeito para Okami que o Wii U, e talvez não haja jogo que mais combine com o Wii U que Okami. É algo tão óbvio que qualquer um que conheça o jogo deve ter pensado nisso assim que o sistema foi apresentado. A plataforma tem o poder gráfico necessário para o visual do game brilhar como nunca e o GamePad para usarmos o celestial brush em toda a sua glória. Seja um remake HD de Okami ou Okamiden (ou ambos) ou uma continuação (de preferência), não contar com este jogo no Wii U seria uma enorme perda.
Bruno Grisci – Diretor de Pautas e Redator do Nintendo Blast
Wave Race
Cenários tropicais e muita disputa sobre ondas é o que espero no Wii U. A franquia Wave Race fez sua última aparição em 2001, com Wave Race: Blue Storm (GC), e seria interessante uma nova edição, com cenários ainda mais detalhados, novas pistas, maior quantidade de pilotos, manobras e modos de jogo. O Wii U GamePad certamente é o controle ideal para jogos de corrida ao juntar acelerômetro com duas alavancas analógicas, incluindo os botões superiores, além da tela de toque, que poderia ser muito bem aproveitada para desenho de contornos e realização de manobras, controle de câmera, etc.
Com uma nova mídia, que armazenará cerca de 25 Gigabytes, um novo mundo aberto poderia ser palco para um brilhante modo história, com diversos campeonatos rolando em cada lugar, adicionando ainda mais personalidade e características à série. A conexão com o mundo online seria muito bem vinda e a possibilidade de disputas em competições variadas geraria mais uma opção aos aficionados por batalhas em rede, como nas divertidas corridas de Mario Kart.
Jaime Ninice - Diretor de Revisão, Diretor de Eventos, Revisor e Redator colaborador do Nintendo Blast
Dementium III
Uma das maiores apostas da Nintendo para o Wii U é trazer de volta a atenção do público hardcore para os consoles da empresa, e que tal trazer um “Dementium III” e mostrar pra todo mundo que a Renegade Kid fez uma das melhores séries de survival horror? Começaríamos de cara colocando uma variedade de cenários e inimigos, aspecto que os dois primeiros games pecaram e que poderia muito bem ser diferente. Uma duração de mais ou menos 30 horas e uma história menos confusa seriam muito bem vindos também, e por tratar de uma história que se passa em um hospital, todo tipo de arma de fogo seria banida! Isso deixaria a sensação de estar “correndo pela sobrevivência” maior e também aumentaria a interação com o game: poderíamos utilizar as cadeiras, extintores de incêndio e outras coisas no caminho para nos defendermos daquelas aberrações.
Quanto à jogablidade, utilizando o GamePad para as funções de mapa, inventário e para a resolução de puzzles (coisa que já ouvimos muito), poderíamos usar também o modo Panorama View para acrescentar à imersão do jogador todo o terror que aquele hospital maldito nos passa. Imagine você entrando em uma sala e utilizando o Panorama View para procurar itens quando de repente uma Banshee doidona aparece ali na sua mesa de centro? Só não pode deixar o controle cair! Usaríamos o sensor de movimentos do querido GamePad também para nos livrarmos dos monstros, assim como fizeram nos jogos do Resident Evil para Wii e para PS3, com PS Move. O Miiverse não ficaria de fora! Com a ajuda da galera, poderíamos receber dicas sobre estágios e resolução de puzzles. Por ser um grande fã dos games de terror e sobrevivência, apostaria alto por um “Dementium III” em um console de mesa da Nintendo.
Ramon Oliveira de Souza – Revisor do Xbox Blast
Half-Life
A série Half-Life é, sem sombra de dúvidas, uma obra-prima da indústria de jogos. A ação empolgante e a história envolvente conquistaram fãs que se aventuraram e encarnaram o físico teórico Gordon Freeman. E o momento não poderia ser melhor para se desejar ver essa aventura alucinante no GamePad do Wii U. Ainda se especula sobre a criação do 3° episódio do jogo, mas enquanto isso um remake excelente do primeiro título foi realizado e já está fazendo bastante sucesso: Black Mesa Source.
Sendo assim, nada mais justo do que desejar que a experiência desse jogo fantástico seja aperfeiçoada com o poder do Wii U. Imagine-se podendo selecionar entre as mais diversas armas de nosso físico aventureiro através do GamePad enquanto a pancadaria com alienígenas estranhos rola na tela da TV. Certamente esse é um título que não pode faltar no novo console da Big N, tanto pela sua importância histórica quanto pela sua incrível jogabilidade.
Luís Antônio Costa – Redator do Nintendo Blast
Fatal Frame
Imaginar a série survival horror Fatal Frame no Wii U pode ser simplesmente incrível. A franquia, da qual a Nintendo agora é co-proprietária, se beneficiaria muito das possibilidades que só o GamePad pode proporcionar. Primeiramente pelo uso do controle como a Camera Obscura, item clássico presente nos jogos da série. No controle do personagem, ao se pressionar um botão, você usaria o item movimentando o GamePad e veria o ambiente do jogo através do próprio controle, como se estivesse dentro de um ambiente 3D para enfrentar os fantasmas. Seria algo semelhante ao que foi visto no recurso Panorama View, apresentado após a E3 2011.
Os recursos do controle não param por aí. Acessar o inventário, mapas (até mesmo fazer marcações ou anotações nele, ao melhor estilo The Legend of Zelda: Spirit Tracks) e fotos tiradas com a Camera Obscura ficaria mais intuitivo e rápido. Já imaginou se o uso de itens para recuperar vida ou alterar o tipo de lente da câmera fosse em tempo real para causar mais tensão quando se tem um fantasma ao seu redor? Além disso, ver a série estrear em um console HD seria impressionante. Os cenários dos jogos sempre detalhados ficariam ainda mais incríveis no Wii U. Mas o que poderia mudar a forma de se jogar survival horrors seria um modo multiplayer cooperativo, um jogador jogando através da tela do GamePad e outro na tela da TV com o uso do Pro Controller, cada um seguindo por caminhos distintos e, por que não, resolvendo puzzles para atingir um objetivo em comum? Não seria algo impossível, afinal, Fatal Frame II: Crimson Butterfly, lançado para Wii no Japão em junho deste ano, possui um modo multiplayer para dois jogadores. E que um jogo da série para Wii U venha para esse lado do globo, pois, além do segundo título da franquia, Fatal Frame IV: The Mask of Lunar Eclipse (conhecido como Zero: Tsukihami no Kamen no Japão) nunca saiu da terra do sol nascente. Nintendo, queremos nos borrar de medo com fantasmas!
Alex Sandro de Mattos – Redator e Revisor do Nintendo Blast
Super Princess Peach 2
Tá, eu sei que é estranho um marmanjo barbado querendo esse jogo, mas tenho certeza que você também deu um sorrisinho quando viu que depois de longos anos a nossa querida Princesa (desculpa aí, Zelda) voltaria a ser um personagem controlável. E que tal essa situação se repetir? Tanto o seu sorrisinho quanto o sequestro dos brothers e dos pequenos Toads? Só que dessa vez, com gráficos no estilo da série New Super Mario Bros. e com um modo cooperativo de até 2 jogadores, sendo o Player 2 a Princesa Daisy. Voltaríamos para a Vibe Island com o mesmo objetivo, mas Bowser teria como aliados o saudoso Wart (que levaria sua trupe toda, incluindo a/o Birdo), Wario e Waluigi. Teríamos um mapa no estilo Super Mario World onde, em uma fase, poderíamos ter duas ou mais saídas e passagens para mundos secretos. E por que esse jogo no Wii U? Simples! Pelo fato da tela de toque do GamePad permitir o controle das emoções das personagens. O uso pode parecer bobo, mas o ensejo e a vontade de ter uma série das mocinhas no Wii U poderia acarretar em um excelente game que atrairia fãs da série Mario Bros., jogadores casuais e quem sabe até alguns hardcores desencanados.
Utilizando as emoções já conhecidas e algumas novas como “afetividade”, onde aliaríamos alguns inimigos para o lado loiro e ruivo da força por certo tempo, e também “curiosidade”, que seria uma espécie de “Power-Up especial” que nos ajudaria a descobrir passagens secretas nas fases, desbravaríamos um cenário em 2D com vários itens coletáveis, como peças de quebra-cabeça, textos e imagens, sendo que todos esses itens poderiam ser compartilhados lá no Miiverse, e alguns deles auxiliariam no desbloqueio de conteúdo extra, como minigames no estilo Mario Party, onde a câmera, o sensor de movimento, a Stylus e o Panorama View seriam essenciais para a diversão; e vídeos, como cutscenes de jogos antigos remasterizadas. O nosso amigo Perry apareceria em fases especificas, como as aquáticas, onde sua transformação em submarino nos ajudaria em certos pontos e, chacoalhando o GamePad, ele soltaria as bolhas para atacar os inimigos; o “Perrygancho”, que seria controlado também pelo sensor de movimento do GamePad e talvez uma nova transformação do menino guarda-chuva, como o “PerryPencil” onde utilizaríamos a Stylus para “redesenhar” e até mesmo criar novas fases na campanha principal e em um modo especifico. Apostar em uma utilização simples e intuitiva do GamePad seria um tanto quanto curioso em meio a ideias mirabolantes... E quem sabe não temos mais marmanjos como eu que abraçariam a ideia?
Ramon Oliveira de Souza – Revisor do Xbox Blast
Clock Tower
Qualquer fã de survival horror da era SNES já ouviu falar de Clock Tower. O jogo era inovador por te colocar na mesma tensão que o protagonista, sentindo-se indefeso, contando apenas com a própria astúcia. O que jogo fazia com primazia era deixar o jogador tenso conforme jogava, já que o personagem se cansava, se desesperava, e isso era transmitido a quem jogava. Se isso era feito com tamanha proeza no SNES, imaginem no Wii U?
Além dos gráficos arrasadores do novo console da Big N, a imersão que o controle proporciona vai dar um novo significado para a palavra "desespero". O controle vibra e pulsa refletindo as batidas do coração do personagem. Na tela do controle, um inventário e mapas iluminados pela pouca luz do cenário. Conforme o pânico do personagem aumenta, ele para de responder a certos comandos. Ao procurar por algum objeto na tela (apontando o controle para esta), a visão do personagem se torna embaçada conforme ouve-se os passos se aproximando. Abrir uma porta trancada com lock picking nunca pareceu tão difícil na telinha quando sua visão está turva e as mãos do personagem tremem. É, eu acho que dei uma boa noção do que quis dizer, né?
Fellipe Camarossi - Redator do Nintendo Blast
Rhythm Heaven
Rhythm Heaven, conhecida como Rhythm Tengoku no Japão e Rhythm Paradise na Europa, é uma franquia no mínimo bem interessante e diferente de qualquer outra. Particularmente, considero seus jogos bem divertidos, apesar de não servirem para jogatinas de longa duração. Pra quem não conhece, cada jogo é composto por vários minigames rítmicos. É preciso estar simultaneamente atento ao áudio e ao vídeo do jogo.
Vê-la no Wii U seria sensacional com o uso do GamePad! O jogo poderia utilizar a touchscreen para algumas ações rítmicas, assim como a versão para DS. Além disso, a atenção divida entre as duas telas já tornaria o jogo muito mais desafiador, o que já me atrairia bastante. E se usassem alguns dos outros recursos do GamePad para incrementar ainda mais o game? Desde que saibam usá-los, deixando o jogo ainda mais divertido, será uma das minhas aquisições para o Wii U, na certa!
Mateus Pampolha – Revisor do Nintendo e Xbox Blast
Aqui encerramos a nossa lista de ideias de jogos para o Wii U. Ao longo de três semanas, mostramos 26 jogos que, acreditamos, teriam no novo console da Nintendo um ótimo lar. Enquanto o Wii U não chega com, quem sabe, alguns destes games e muitos outros que nem passaram pelas nossas cabeças, queremos saber o que você quer ver rodando no console nos próximos anos. Não deixe de sugerir suas ideias e até a próxima.
Revisão: Vitor Tiberio