Das mais incríveis e fantásticas armas forjadas pelas brilhantes mentes da ficção científica, certamente existe uma que consegue sobrepujar todas as outras, quando se fala em simplicidade e poder: o Lightsaber (ou Sabre de luz, no bom português). O item mais importante no inventário dos cavaleiros Jedi – e dos guerreiros Sith também – não é apenas uma ferramenta de combate, mas um personagem extra nas aventuras cósmicas da saga Star Wars.
CUIDADO: O texto a seguir pode conter spoilers para quem não jogou a série The Force Unleashed! Leia por sua conta e risco.
Uma arma elegante
A história por trás da origem do Lightsaber remonta ao tempo em que os Jedi o criaram para fins de treinamento e “elegância no combate”, ou seja, caso um confronto direto com o inimigo fosse inevitável, a arma seria usada de forma a se evitar o uso de força bruta. O item também ganhou ares cerimoniais ao longo do tempo e logo se tornou o símbolo e estandarte da justiça que a ordem de cavaleiros buscava manter pela galáxia. Além disso, construir o próprio sabre (que possui uma mecânica fictícia muito simples: cristais coloridos em um recipiente, perpassados por lasers regulados), se tornou o pré-requisito para todo aquele que desejasse se tornar um Padawan (aprendiz Jedi).
Os problemas na galáxia começaram quando surgiram os principais inimigos dos Jedi: os Sith. Esses guerreiros movidos pela raiva e pelo ódio dominavam o Lado Negro da Força e buscavam o que todo vilão ou grupo de vilões quer: dominar tudo e todos. Eles também adotaram o Lightsaber como sua arma principal, mas muitos deles utilizavam adaptações e aperfeiçoamentos que permitiam mais agilidade e poder durante um combate. Modelos duplos ou portar um sabre em cada mão (ou também possuir a cor vermelha no sabre) se tornaram marcas registradas dos guerreiros do ódio, pois esses tipos de Lightsaber somente eram usados pelos Jedi em treinos ou em momentos de extrema necessidade.
Mas sejam Jedi ou Sith, todo o guerreiro que usa o poder da Força tem em seu Lightsaber a arma pela qual eles podem canalizar sua força – tanto física, quanto mental - para vencer desafios e dominar inimigos. A arma se torna uma extensão do guerreiro e, através dela, eles são capazes de esmagar o adversário ou até mesmo de dizimar exércitos inteiros com apenas alguns movimentos ágeis e precisos. Utilizar os poderes da Força é um componente básico na vida de um Jedi, mas se ele se encontra desprovido de sua arma, mesmo habilidades fantásticas podem nem sempre ajudá-lo a escapar de situações perigosas.
Todos os jogos da franquia Star Wars (além de terem um estrondoso sucesso), fazem um bom uso e tentam sempre explorar ao máximo as habilidades do guerreiros da Força com seus Lightsabers. Vários jogos lançados pela Big N da série Star Wars também seguem essa linha de experiência com a arma de combate da ficção, mas existe um jogo em especial (ou melhor, uma série) em que o artefato é imprescindível ao desenvolvimento da aventura.
A Força é forte nele
Na série Star Wars: The Force Unleashed, o companheiro inseparável do protagonista Starkiller é seu Lightsaber. Desde menino, o jovem não conhecia seu próprio domínio sobre a força e chegou a manusear o sabre do vilão e Lorde dos Sith, Darth Vader. E de lá para cá, sua performance com a arma o transformou em um guerreiro, ao mesmo tempo, fabuloso e mortal. Além disso, a maneira com que o assassino do Império empunha sua espada é único, pois ele a mantém em uma posição defensiva para logo dispará-la em um golpe preciso e ágil contra seus oponentes.
Ao longo de sua jornada, o guerreiro encontra outros Jedi e Sith que possuem lightsabers Lightsabers dos mais diferentes estilos: desde os mais simples até as armas sofisticadas e poderosas que são capazes de estraçalhar tudo o que tocam. O Lightsaber somente perde um pouco de seu poder quando Starkiller dá de cara com inimigos que carregam armas especiais que são capazes de reter e repelir o laser do sabre Jedi. Nesse momento, o melhor mesmo é colocar o Lightsaber na cintura e jogar o inimigo na parede ou fritá-lo com choques elétricos impulsionados pela Força. Sem falar que manejar o Wiimote como se estivesse utilizando a arma de verdade e poder customizá-la com a cor de cristal que preferir é muito interessante.
As habilidades do grande guerreiro Jedi se tornam ainda mais mortais, precisas e ágeis no segundo jogo da série, em que ele utiliza dois sabres. Isso se torna muito vantajoso, pois além de poder lidar com mais inimigos durante o combate, Starkiller pode usar combos que vão desde girar os dois sabres como serras ou lançá-los como navalhas voadoras pelos ares. A arma duplicada também se mostra extremamente útil na hora de derrotar clones defeituosos do herói que portam o mesmo estilo de Lightsaber e são tão perigosos quanto qualquer inimigo. Uma pena que os desenvolvedores do jogo preferiram assimilar os golpes do Lightsaber com um botão do Wiimote ao invés de seu movimento, assim os ataques perdem um pouco da emoção de se jogar.
Infelizmente, Darth Vader é a prova definitiva de que não importa quão simples o Lightsaber seja, nas mãos de um adversário a arma pode ser tão letal quanto carregar vários da mesma. Mesmo na luta final contra o vilão, tanto no primeiro quanto no segundo jogo da série, não importa se Starkiller está portando um ou dois sabres, pois seu antigo mestre e agora seu inimigo mortal tem um domínio magnífico sobre sua arma predileta e sabe utilizá-la como ninguém para vencer os combates, ao mesmo tempo em que faz uso de um poder impressionante da Força.
O Lightsaber é uma arma formidável e elegante. Apesar de parecer simples e compacta, o símbolo dos guerreiros da Força do universo Star Wars é um artefato poderoso e capaz de aniquilar qualquer inimigo e driblar qualquer obstáculo. A maior prova da importância desse item talvez seja a reprimenda que o mestre Jedi Obi-Wan Kenobi dá ao seu Padawan Anakin Skywalker quando ele perde seu sabre no segundo filme da saga épica, Ataque dos Clones. É uma frase inesquecível para quem já conferiu essa história impressionante: “Da próxima vez, tente não perdê-lo. Essa arma é sua vida!”.
Revisão: Catarine Aurora