Blast from the Trash: Catwoman (GC)

em 25/08/2012

Games baseados em filmes geralmente não resultam em produtos de qualidade. Salvo poucas exceções, como o clássico GoldenEye 007 (N64),que ... (por Unknown em 25/08/2012, via Nintendo Blast)

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Games baseados em filmes geralmente não resultam em produtos de qualidade. Salvo poucas exceções, como o clássico GoldenEye 007 (N64),que é um game excelente e desenvolvido com atenção aos mínimos detalhes, essa categoria de jogos possui títulos simples, pobres e produzidos às pressas, já que a intenção é que se acompanhe o lançamento do longa nas telonas. No hall da fama das piores adaptações já criadas, liderada com louvor pelo terrível game ET (Atari), temos Catwoman. Lançado pela Electronic Arts em 2004, para GameCube, o título era a adaptação do filme homônimo, estrelado pela ganhadora do Oscar, Halle Berry. O problema é que o filme já não era grande coisa, e o game, fiel adaptação, foi pelo mesmo caminho.

Voltando dos mortos

Catwoman conta a história de Patience Phillips, uma jovem que trabalha em uma empresa de produtos de beleza. Acidentalmente, a garota descobre que a empresa está realizando pesquisas ilegais com seus produtos, que podem até matar seus usuários. Com uma informação tão preciosa nas mãos, é fácil deduzir que sua morte foi encomendada para evitar o vazamento do que ela havia descoberto. Mas a vida de Patience não termina após ser assassinada: a garota é beijada por um gato egípcio e revive, mas não em sua forma normal. Phillips é trazida de volta com a flexibilidade e destreza de um gato... e uma atração fortíssima por pedras preciosas. Em sua nova condição, a moça parte em busca de justiça e fará o necessário para destruir todos os envolvidos em seu assassinato.

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Raso, genérico e mal executado

A jogabilidade de Catwoman é péssima: nas partes de exploração (maior parte do título), os controles respondem mal e tornam as coisas desnecessariamente difíceis, enquanto que durante os combates, eles são extremamente simplórios e enjoativos. Entretanto, no início o game parece promissor, já que a personagem pode escalar paredes, se pendurar em quase todos os cantos dos cenários e executar acrobacias com maestria.

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O problema não está nas habilidades da Mulher Gato, mas sim na falta de precisão dos controles. Controlada pelos botões “L” e “R” em conjunto com os analógicos do joystic do GameCube, a heroína deve executar saltos e movimentos perfeitos, mas que quase nunca saem como planejado, tornando cada salto um martírio. Somado a isso ainda há o péssimo trabalho da câmera, que se posiciona de forma inconveniente na maior parte do tempo. O único ponto positivo da jogabilidade nas seções de exploração do game é o Cat Sense, espécie de sexto sentido que mostra à heroína o caminho que deve ser seguido para dar sequência à aventura.

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Já nos combates, os movimentos apesar de bonitos, são extremamente limitados e a personagem possui um conjunto muito pequeno de golpes, tornando as batalhas bastante repetitivas. A garota pode aprender alguns movimentos no decorrer da aventura, mas nada que traga muita variedade ao que ela é capaz de realizar desde o começo da jornada. Entretanto os combates não são de todo mal e podem divertir um pouco, apesar de enjoarem depois de um tempo.

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Produção barata

Catwoman foi produzido às pressas, não esconde tal característica em nem um minuto sequer. Os cenários são feios, mal construídos e genéricos, com direção de arte praticamente inexistente. A única parte graficamente boa do game é a própria Mulher Gato, que foi modelada nos mínimos detalhes. A personagem está tão bem produzida e animada que até gera um contraste entre ela e o restante do game. Quanto à parte sonora do game, a música tema do título é a mesma do filme e é muito boa, mas, em compensação, todo o resto fica devendo, desde efeitos sonoros de péssima qualidade até a dublagem que é tão ruim que parece que os atores estavam lendo o texto enquanto o gravavam.

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Catwoman é um game que não deveria ter sido lançado. Querendo aproveitar o lançamento do filme, a Electronic Arts entregou um título mal feito, de forma que nem os fãs mais calorosos das HQs da personagem encontrarão motivos que valem a pena para concluir as sete longas horas de jogo do título. Passem longe dessa porcaria!

Revisão: Thyago Coimbra Cabral


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