Uma volta gamer por Tóquio

em 19/07/2012

No mês passado eu tive a oportunidade de passar uma semana em Tóquio. Para nós, gamers e nerds, é impossível não pensar em Tóquio sem pensar... (por Unknown em 19/07/2012, via Nintendo Blast)

asdasdNo mês passado eu tive a oportunidade de passar uma semana em Tóquio. Para nós, gamers e nerds, é impossível não pensar em Tóquio sem pensar em videogames e animes. E é verdade, lá somos o tempo todo surpreendidos por cartazes, lojas, luzes e tudo mais que adoramos.


Bom, eu vim aqui contar algumas coisas que, na verdade, a gente sempre imaginou sobre a cultura japonesa com os videogames.

Nós sabemos que os japoneses amam videogames e é verdade. Não fiquei um dia sem ver algum japonês jogando no metrô ou até mesmo no meio da rua. Felicidade para o StreetPass do 3DS, que pegava em média 18 miis por dia. Um dos miis que encontrei fez mais de 4.200 StreetPass! Também é comum ver vários jogadores com seus 3DS em locais com Nintendo Zone ou quando estão distribuindo algum item ou Pokémon.

É claro que toda a fama dos videogames se dá pela própria cultura e facilidade de se conseguir consoles, portáteis e jogos. Os preços em ienes convertidos para dólar não ficam mais baratos que nos Estados Unidos, mas é muito comum achar lojas de usados.

Super Potato e os paraísos dos videogames

L1210526A mais impressionante loja de todas com certeza é a Super Potato, uma rede presente em todo o Japão. Visitei a loja em Akihabara, fica em uma rua meio escondida, com uma portinha estreita e uma escada para subir. Ela parece um museu no qual se pode comprar os itens. Ao chegar ao primeiro andar você já dá de cara com pilhas e mais pilhas de videogames como Famicom ou NES, Virtual Boy, Super Nintendo, Mega Drive, Dreamcast, Nintendo 64, GameCube e por aí vai, tanto para testar como para comprar a preços bem acessíveis. Mais para dentro da pequena loja cheia de coisas encontramos estantes com jogos antigos para todos os consoles. Eles têm jogos mais simples por bons preços e também jogos mais raros ou novos e completos na caixa, estes por preços mais altos em vitrines específicas.

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O segundo andar da loja é voltado para portáteis, livros e CDs. Na parede há diversos Game Boys pendurados, muitos jogos a preços bem acessíveis e outros mais raros, como no andar anterior. No canto do andar tem uma vitrine com diversos modelos de Game & Watch e edições especiais de portáteis. Na área de impressos podemos achar tudo o que se pode imaginar de games, livros, mangás e guias.

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Nos dois andares ainda é possível encontrar diversas tranqueiras para os fãs de games, como pelúcias, bonequinhos, chaveirinhos e itens de coleção

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O terceiro e último andar da loja é exclusivo para fliperamas também antigos, alguns dos disponíveis são o clássico Pac-Man, Street Figther, Bomberman e até uma edição “versus” de Super Mario Bros.!

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Além da Super Potato, existem outras lojas que vendem, além de jogos antigos, os jogos mais recentes para Wii, PlayStation 3 e Xbox 360. Uma que merece destaque é a Sofmap. A loja em Akihabara é dividida em vários prédios e cada um é dividido em uma ou duas categorias, como videogames, animes, câmeras e, inclusive, já tem a reserva para o 3DSXL e acessórios. A loja conta com videogames usados de, também, várias categorias dos consoles mais novos e alguns antigos. O que mais chamou atenção nessa loja foi a maneira como eles vendem DS e PSP usados. Os com caixa ficam empilhados em uma gôndola e outros sem caixa são embalados com plástico filme e “jogados” em cestas pela loja, tive a impressão de que é uma coisa muito banal para eles.

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Vale lembrar que, infelizmente, o 3DS e o Wii têm bloqueio de região, então não é possível comprar jogos japoneses para jogar em videogames da nossa região. Quanto aos videogames antigos, dá para fazer a festa com muito pouco dinheiro. Eu comprei, para coleção, um GBA original por cerca de R$ 50,00 e jogos de Game Boy Color por R$ 8,00, inclusive a clássica Câmera para o portátil e o Pinball do Pokémon com rumble.

Akihabara, os Fliperamas e Gashapon

L1210491Tive e felicidade de me hospedar em um hotel que fica acima da estação de Akihabara, um bairro conhecido por seu comércio de eletrônicos, games, fliperamas e itens de anime, e poder conhecer muito bem desse verdadeiro paraíso. Somente no bairro é possível encontrar cinco prédios enormes de fliperamas e jogos chamados de “UFO Catcher”, aquelas máquinas com garra para pegar prêmios. Os principais fliperamas são da SEGA e da TAITO e o plano básico das lojas é de dois andares de “UFO Catcher” com prêmios como camisetas, figuras de animes, chaveiros e até biscoitos, e os demais andares, três ou quatro, lotados de diferentes fliperamas. São games de luta, musicais, jogos com cartas de verdade que interagem com as máquinas e por aí vai. O preço varia por jogo, mas está entre ¥100 e ¥200 (equivalente a uns R$ 2,50 e R$ 5,00).

Um em especial que tive a curiosidade de jogar é o Taiko: inspirado em tambores japoneses, é semelhante a um Guitar Hero com tambores, você deve bater neles de acordo com o ritmo ditado pelo jogo, havendo momentos em que é necessário bater com os dois bastões ou bater mais para cima do tambor.

Outro que tive que testar foi a versão arcade do Mario Kart, intitulado “Mario Kart Arcade GP 2”. Vindo de uma parceria da Nintendo com a Namco, nele é possível jogar tanto com personagens da série do Mario quanto do Pac-Man. A base do  jogo é a mesma e os gráficos são semelhantes à versão do Double Dash, o grande diferencial é que você joga com volante e com pedais de acelerar e frear, como qualquer arcade de corrida. A máquina também possui uma câmera que tira sua foto no começo do jogo e te coloca no pódio caso você ganhe.

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Uma curiosidade é que nos andares mais elevados é permitido fumar enquanto joga, tendo até um cinzeiro por máquina, deixando um cheiro insuportável, para alguns, dentro dos prédios. Os fliperamas fazem tanto sucesso entre os japoneses que, pela manhã podemos ver filas antes dos prédios abrirem.

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Gashapons também são muito encontrados por Akihabara. Para quem não sabe Gashapon é o nome de uma marca, mas é sinônimo para aquelas máquinas que vendem brindes em capsulas, seguindo o esquema de blind-box, onde você não sabe qual surpresa irá tirar. As maquininhas podem ser encontradas em quase todos os lugares pelas ruas de Tóquio e são tão populares que existem até lojas próprias só para elas!

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Existem inúmeras coleções de brindes, cada coleção tem em média seis brindes diferentes e são principalmente de animes e games, mas também é possível encontrar umas temáticas estranhas como: cogumelos, pessoas depressivas, fotos de bandas, lagartos e comidas. O preço depende do tamanho e varia entre ¥100, ¥200 e ¥300

Hora de salvar os Pokémon

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A parada obrigatória para os fãs de Pokémon é o Pokémon Center de Tóquio. O centro Pokémon não serve para salvar seus Pokémon e você não irá encontrar enfermeiras Joy, mas uma loja inteira com produtos e mais produtos do Pokémon.

Logo na entrada da loja já vemos um estande com escultura do Pikachu, Charmander e Pinplup que são os mascotes da loja de Tóquio e, em volta deles, bichinhos de pelúcia dos monstrinhos de várias gerações.

Apesar de terem Pokémon de várias gerações, o Pikachu sempre toma conta do show e existem prateleiras especiais só com itens dele. Também há prateleiras com itens especiais e rosas para meninas fãs dos monstrinhos.

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Bonecos e mais bonecos. Além de todas as pelúcias, na parte de trás da loja tem inúmeros bonequinhos colecionáveis, também de várias gerações.

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A loja não é muito grande, mas é possível encontrar muitos produtos diferentes como toalhas, bolsas, lápis, capas de chuva, pastas, chaveiros e acessórios de DS e 3DS.

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Apesar de Pokémon já não ser algo só para crianças, a loja é um lugar onde elas correm para lá e para cá bem felizes com seus DS e com certeza um local único no qual podemos encontrar crianças com seus dois ou 3 três anos falando o nome de todos os Pokémon.

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Um pouco mais de Japão

Apesar da língua japonesa ser muito intimidante para quem não sabe falar e ler, não pode ser uma desculpa para não ir para o Japão. É possível se sentir seguro, pois os japoneses, no geral, são muito atenciosos e educados, não medindo esforços para nos entender e ajudar no que for possível.

Já imagino que conhecer o Japão seja o sonho de muitos leitores. Essa parte de “cultura nerd” nos atrai muito, mas também devemos lembrar que o país tem uma cultura muito forte e interessante e lugares maravilhosos que valem a pena visitar, como templos e parques, o monte Fuji, a famosa Tóquio Tower e a nova Skytree e até uma Disneyland.

Tóquio é mesmo imperdível.

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Se animou para ir para o Japão? Eu recomendo. E para ficar com um pouco mais de vontade, dê uma olhada em mais fotos na nossa página do Facebook.

Revisão: Thyago Coimbra Cabral

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