O mistério por trás da máscara
É só parar para pensar por um instante e verão que faz sentido guardarem esse jogo, que ganhou peso após anos sendo taxado como a ovelha negra da série Zelda. Ao mesmo tempo que o jogo é extremamente semelhante ao seu predecessor, Ocarina of Time, suas mecânicas são totalmente diferentes, mecânicas estas que poderiam ser muito bem aproveitadas pelo próximo console de mesa da Big N.
Não é de hoje que a Nintendo está se preparando para lançar um novo título da série para o 3DS e seria certa perda de tempo lançar dois remakes para o portátil. Lançar mais um iria tornar o público apenas mais inquieto, ainda mais depois da E3 não ter revelado nada sobre um eventual novo jogo, nem para o Wii U, nem para o 3DS. Eis que surge a grande pergunta: Mas por que dar pistas do lançamento para o 3DS se não planejam isso? A resposta é simples: não querem irritar ainda mais o público.
Depois de já terem demonstrado o interesse no lançamento do remake, eles não podem deixar o assunto morrer. Se deixarem, os fãs voltarão a cair com paus e pedras em cima da Big N, afirmando que foram abandonados mais uma vez com suas esperanças. Então, enquanto produzem o remake para o Wii U e um novo jogo para o 3DS, vão deixando pistas no ar, como se dissessem “vejam crianças, não nos esquecemos dos seus presentes!”.
Os quatro cantos de Termina em HD
Obviamente eu não sou o primeiro a cogitar a possibilidade do Wii U ser a próxima casa de Majora’s Mask. Um fã produziu um possível trailer de como seria o game com gráficos remasterizados e o lançou na época da E3, deixando muitos adoradores de queixo caído. Mas uma imagem vale mais do que mil palavras. Vejam o vídeo a seguir:
Como puderam ver, o trailer foi extremamente bem feito, e provavelmente inspirado no vídeo demonstrativo exibido na E3 2011, que mostrava o potencial gráfico do Wii U. Não viu o vídeo? Bem, caso você viva em outro planeta e não tenha visto, está a seguir:
Notaram as semelhanças? Os gráficos são um tanto quanto semelhantes, apesar do trailer de Majora’s Mask possuir um toque maior de cel shading, trabalho exemplar do fã que elaborou o vídeo. Quem sabe a Big N não se inspira no trabalho do cidadão?
Mas é claro, ainda existem aqueles que desejam ver Majora’s Mask no 3DS e foi o caso de outro fã que criou a seguinte imagem baseando-se no 3DS XL, anunciado a pouco tempo pela Nintendo:
Montagem muito bem feita e o modelo de 3DS XL faria muitos fãs babarem, mas ainda acredito que o jogo tem muito mais potencial no Wii U do que no 3DS. Por quê? Isso eu explico agora.
72 horas. 24 máscaras. 1 Game Pad.
Todo mundo viu as maravilhas que o 3DS fez ao Ocarina of Time. Desde o efeito 3D ao giroscópio, o jogo sofreu uma transformação incrível, tornando-se quase que um novo título, e não um remake. Há quem diga que estes aspectos poderiam ser aplicados novamente em Majora’s Mask, mas não seria um tanto quanto repetitivo? Acredito que isso iria apenas repetir o que houve com o game a 12 anos atrás: um jogo subestimado por não ter uma aparente inovação em nada, por ter as mesmas mecânicas de seu predecessor, Ocarina of Time.
Com esses motivos, fica cada vez mais evidente que o Wii U é a nova casa do Majora’s Mask. Para começar, imaginem como seria ter todas as máscaras ao alcance dos seus polegares. É, com o menu na touch screen, seria extremamente simples a troca de máscaras, podendo selecioná-las sem a necessidade de pausar o jogo e adicioná-las aos atalhos. Todas as 24 máscaras do jogo estariam em suas mãos. Literalmente.
Agora, tendo isso em mente, visualizem a seguinte situação: você seleciona a máscara de Goron, e então, a tela do Game Pad é tomada por um fundo semelhante a parte de trás de uma máscara. Então, segurando firme o controle, você o guia até a frente de seu rosto. Sim, você acaba de simular o ato de colocar a máscara. Nesse momento, a tela do controle oscila em imagens, com a visão turva, enquanto Link é tomado pela transformação no telão. No momento em que a transformação é concluída, a tela volta a ser o menu e o jogo continua normalmente.
Outra forma que exploraria o uso do Game Pad seria no uso da Lens of Truth. Ao ser ativada, bastaria direcionar o controle para a tela e movê-lo, conseguindo, através deste, uma imersão superior a presenciada em Ocarina of Time 3D. O único ponto fraco seria o uso do arco e flecha, que, devido ao controle, não há como ter mais imersão do que no Wii (o uso do arco em Skyward Sword foi perfeito). Ainda assim é possível o uso do arco fazendo um movimento de “puxar” na tela do Game Pad e mirando o controle na tela.
Os usos do sensor de movimento são ilimitados, e os movimentos são os mais diversos para cada um dos itens do inventário de Majora’s Mask, mas um que merece uma atenção em especial seria a ocarina. Como os jogadores antigos sabem, o instrumento musical muda dependendo da máscara utilizada. Que tal se a forma de tocar cada instrumento mudasse, com a interface toda na touch screen? Os tambores Goron dependeriam da batida em certas partes da tela, enquanto a guitarra Zora dependeria das cordas a serem puxadas na hora certa, por exemplo.
As possibilidades, como já citei, são incontáveis. Algo que a Nintendo conseguiu foi criar um console de potencial incrível, pois mesmo com todos esses exemplos que citei, ainda não cheguei em nem metade do que o Game Pad é capaz de fazer. Teremos de esperar para ver do que mais ele é capaz, não?
Máscaras somente em casa
Algumas pessoas não vão gostar da ideia de perder a portabilidade que Ocarina of Time 3D ganhou ao ter seu remake no 3DS, pois querem poder carregar seu jogo por todos os lugares e poder jogá-lo quando quiser, mas se parar para pensar, verão que Majora’s Mask não nasceu para ser um portátil.
Diferente do primeiro jogo, o segundo possui um maior dinamismo, um jogo mais rápido e mais preciso, devido a sua “regra dos três dias”. Nenhum segundo pode ser desperdiçado, algo que pode acontecer quando se tem a comodidade de carregar seu jogo por aí. Isso tornaria mais complexo avançar no jogo, de forma a manter o tempo sempre sobrando quando for executar as diversas quests, algo muito mais simples de ser feito quando jogando num console de mesa, onde se pode ter calma e jogar sem pressa.
Mais um problema é a questão do Save Game. Toda vez que se salva o jogo no Majora’s Mask e desliga-se o game, ao jogar novamente, retorna-se para o Day 1 em Clock Town, com seus itens resetados (sem rupees, flechas e afins). Para um portátil, que constantemente liga e desliga, não é interessante ter este probleminha. Claro, existem os quicksaves, mas depender deste processo nunca é uma boa ideia – palavras de um frustrado com quicksave.
Por essas e outras que tudo aponta que o caminho no qual o remake vai seguir é em direção as salas de todos os Nintendistas. Bom, o que realmente importa é que sabemos que em breve teremos nosso tão desejado remake de The Legend of Zelda: Majora's Mask.
Operation Moonfall: Sucesso. |
Majora’s Mask é um jogo que possui muitos detalhes únicos em relação a série e merece um maior destaque na hora de elaborar o seu remake. Honestamente, acho que todos estes sinais apontam que o game não foi feito para um portátil, e sim para ser aproveitado em sua amplitude no conforto de sua casa. E vocês leitores, o que acham? Onde gostariam de ver o game, nas duas telas em 3D, ou nas duas telas em HD? Deixem seus comentários e até o próximo Future Blast!
Revisão: Alex Sandro