Blast from the Past: Soul Calibur 2 (GC)

em 26/03/2012

No final de 2003, época em que o GameCube mal havia saído do forno, surgiu um jogo de luta que surpreendeu a todos que o testaram. Um game... (por Gustavo Rocha em 26/03/2012, via Nintendo Blast)

No final de 2003, época em que o GameCube mal havia saído do forno, surgiu um jogo de luta que surpreendeu a todos que o testaram. Um game que, em todos os aspectos, sofreu uma evolução magnífica em comparação a seus antecessores. Com uma história digna de grandes livros fantasiosos, gráficos espetaculares, jogabilidade impecável, e personagens pra lá de cativantes, Soul Calibur 2 apresentou uma nova fase para o conceito criado em Soul Edge, do Playstation (Sony), o qual jogos de luta poderiam, sim, possuir uma grande história misturada a grandes personalidades jogáveis. E é exatamente neste ponto em que a versão de GC superou as demais, sendo que apenas fãs da Nintendo puderam sentir este diferencial, que você provavelmente sabe qual foi.


Sim, em Soul Calibur a história é importante


A série “Soul” possui uma das histórias mais bem elaboradas e complexas para um jogo de luta. Em Soul Calibur 2, basicamente gira em torno dos efeitos malignos causados pela cobiçada espada Soul Edge, também chamada erroneamente por alguns como “a espada dos heróis”. Procurada desde o primeiro jogo da série por, supostamente, possuir poderes capazes de curar diversos males do mundo, e deixar qualquer um imortal, a espada na realidade foi forjada com lâminas duplas alimentadas por inúmeras almas humanas, ao longo de séculos de existência.

O caos é instaurado na Europa a partir do momento em que Nightmare, forma a qual o personagem Siegfried se transformou ao ficar completamente possuído pela Soul Edge, decide matar todos a sua volta para poder assim alimentar a espada, e então aumentar todo o seu poder. Porém, o que ele não esperava é que existiria uma espada capaz de acabar com toda esta força: a Soul Calibur.

Na primeira grande batalha contra Nightmare, os heróis munidos da Soul Calibur conseguem obter sucesso, transformando a Soul Edge em pedaços, que acabam se espalhando pelo mundo.Siegfried, que após a desfragmentação da espada teve a mente restaurada, entretanto, continua com seqüelas derivadas do mal da Soul Edge, que ainda o transforma no monstro Nightmare todas as vezes em que ele dorme. A única opção de Siegfried é continuar, lutando contra seus demônios (literalmente) e tentando destruir este mal que atormenta o mundo.



O diferencial “N” de Soul Calibur 2


Em SC2 é possível jogar com diversos personagens herdados das versões anteriores, como o gigante Astaroth, o samurai Mitsurugi e o velho Yoshimitsu.

Temos também Ivy, uma das personagens mais adoradas da serie; Sophitia, que apresenta um carisma único entre todas as personagens femininas e o veterano Voldo, com seus leves traços andrógenos. Siegfried, entretanto em SC2 não é um personagem jogável, sendo substituído pelo próprio Nightmare. Surgiram também alguns personagens novos como Cassandra, Raphael e Talim, que até a ultima versão da série ainda são personagens jogáveis.

A segunda versão da série Soul Calibur foi também a primeira multiplataforma, possuindo versões para Playstation 2, Xbox e Game Cube. Para atrair os jogadores, cada uma das versões apresentou um personagem especial, sendo que o Playstation 2 recebeu o personagem Heihachi Michima, de Tekken e o Xbox foi presenteado com o soldado infernal Spawn, das HQs de Todd McFarlane. Mas a versão do Game Cube ainda é a mais lembrada, pois possuía não apenas um personagem, mas um ícone mundialmente conhecido e influente no mundo dos games: Link, de The Legend of Zelda.

Link foi completamente preparado para ser um ótimo personagem no jogo, possuindo os mesmos movimentos de Ocarina of Time, além de seus golpes remeterem ao uso de diversas armas comuns de OOT, como as bombas ou o arco e flecha. É interessante notar que Link ficou com o visual único no jogo, aprimorado para ficar nos parâmetros do gráfico de SC2 e também era o único a possuir 4 costumes (aparências) diferentes, idênticas a todas do Super Smash Bros de Nintendo 64.

Uma das coisas mais legais da série “Soul” é o fato de todos os personagens atacarem não apenas com chutes e socos, mas principalmente com armas brancas. Espadas, machados, nunchaku, facões, bastões e até martelos gigantes faziam parte do arsenal proposto no game. E, de acordo com seu avanço no jogo, era possível comprar diversas novas armas, para cada personagem. E adivinha qual a arma principal que o Link usava: a famosa Master Sword!



Modos de jogo pra lá de atraentes




Soul Calibur 2 apresentava diversos modos de jogo. São eles o Arcade (modo clássico em que se escolhe um personagem e luta-se contra 8 personagens diferentes, desenvolvendo assim a trama do personagem), Team Battle Mode ( parecido com o arcade, mas com times de até oito personagens, e sem nenhum tipo de cut scene), Time Attack (lutas contra o tempo, a fim de estabelecer recordes), Survival Battle (lute até morrer) e Training.

Além destes modos clássicos, o jogo possuía o Weapon Master Mode, que apresentava a trama de um personagem em busca da Soul Edge. O jogador percorria um mapa dividido por regiões, enfrentando lutadores e ganhando experiência e dinheiro para compra de itens, costumes, artes, videos e novas armas. O Museum apresentava tudo o que era conseguido ao avançar no jogo, como os vídeos e as belíssimas artworks. E vale lembrar que todos estes modos possuiam um fator replay muito alto, já que era possível usar armas diferentes e assim enfrentar personagens com armas diferentes e estilos diferenciados.


 Soul Edge, Soul Calibur e Soul Calibur 2, de cima para baixo.
Soul Calibur 2 foi um jogo que não apenas nos deu um motivo maior de ter um Game Cube, mas que demonstrou de forma única como bons jogos de luta são feitos: com grandes personagens, bons modos de jogo, e uma ótima história. Estima-se que a versão do Cube foi a que mais vendeu – cerca de 1,7 milhões de cópias, de acordo com o Wiki de Soul Calibur). Você faz parte deste número? Gostava do jogo? Algum personagem preferido? Não deixe de comentar!
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