O fim do ano chegou e, em meio aos preparativos para as festas e as compras de última hora, esta época também significa que é hora de olhar para trás e escolher os melhores jogos do ano. No nosso caso, os melhores jogos lançados para consoles da Nintendo. Normalmente, fazer um único Top 10 considerando jogos de Wii, DS e 3DS poderia parecer uma ideia não muito boa, já que comparar jogos dos diferentes consoles nem sempre é fácil, mas o pequeno número de lançamentos importantes neste ano não nos deixou escolha. Felizmente, os “períodos de seca” foram compensados com jogos que realmente se provaram dignos de nossa atenção e, apesar de compartilharem uma única lista, cada um dos consoles conta com representantes que já podemos considerar como clássicos. Com jogos third parties e first parties e nos mais diferentes gêneros, com certeza há algo na lista parta todos os gostos. Sem mais delongas então, vamos aos dez melhores jogos do ano para os consoles da Big N!
10. Kirby's Return to Dream Land (Wii)
Começamos a lista com um personagem da Nintendo que está em alta no momento. Kirby já fez bonito em 2010 com Epic Yarn e não demorou nem um ano para ele voltar mais uma vez em grande estilo, não só com um, mas com dois jogos: um para o DS e outro para o Wii. Kirby Mass Attack - o jogo do portátil - é muito divertido e inovador com a ideia dos dez Kirbys, mas é Kirby’s Return to Dream Land, do Wii, que fica com o destaque, justamente por ser um triunfante retorno às origens do nosso querido herói comilão. Mesmo sendo bem fácil e não trazendo o tipo de jogabilidade inovadora que se tornou típico da série, não há como negar que poder fazer Kirby usar novamente seu poder de engolir inimigos e absorver suas habilidades é uma enorme diversão que não experimentávamos há um bom tempo. Se somarmos a isso as novas super habilidades, os gráficos coloridos e simpáticos, muito conteúdo extra e a possibilidade de jogar com até quatro amigos simultaneamente, temos a fórmula para mais um excelente jogo de plataforma tradicional para o Wii e um merecedor integrante da lista dos melhores do ano.
9. Radiant Historia (DS)
O que fazer quando nos deparamos com decisões que podem mudar o curso não só de nossas vidas, mas de toda a civilização do planeta? Como saber qual é a escolha certa a se fazer? Bom, uma possiblidade é escolher aleatoriamente e, caso a coisa fique feia depois, voltar no tempo e seguir outro caminho. Em Radiant Historia, pelo menos, isso é possível. Locke – o protagonista da história – tem em mãos um misterioso livro que lhe dá o poder de viajar livremente entre diferentes momentos da história, fazendo as modificações necessárias para salvar o mundo de um terrível destino. Misturando elementos novos e tradicionais ao gênero, um inovador sistema de batalhas e uma ótima história, a Atlus conseguiu criar um RPG que é diferente de qualquer outro e, ao mesmo tempo, remete aos RPGs clássicos da era 16 bits. Fãs do gênero ficarão ainda mais felizes com o que vem por aí na lista, mas já podem ir marcando Radiant Historia como um título obrigatório.
8. Rayman Origins (Wii)
Na oitava posição, temos um personagem que estava sumido há muito tempo. Rayman, o simpático herói sem braços criado pela Ubisoft, já protagonizou excelentes jogos de plataforma no passado, mas acabou tirando umas longas férias. Chegou a fazer uma aparição recente no 3DS, com o relançamento de Rayman 2: The Great Escape, mas não trazendo nada de novo, o jogo não chamou quase nenhuma atenção. Com Rayman Origins, entretanto, a história foi bem diferente e o resultado foi ótimo. Aprendendo umas lições com Mario, Donkey Kong e Kirby, a série - como o próprio nome diz -voltou às origens, no bom e velho estilo de plataforma 2D. Se você gosta desse gênero, Rayman Origins é um prato cheio: os gráficos são belíssimos e dão a impressão de se estar no controle de um desenho animado, há um bom nível de desafio e variedade e, seguindo a onda de New Super Mario Bros. Wii, até quatro pessoas podem jogar simultaneamente. Fãs da Big N não têm do que reclamar quanto a jogos de plataforma tradicionais deste tipo, mas é bom ver outras empresas também apostando no “retorno às origens” e obtendo um resultado tão bom. E também é ótimo, é claro, ver o retorno triunfante de um personagem que já foi tão importante no mundo dos games.
7. Xenoblade Chronicles (Wii)
Ah sim, o dito cujo. O causador de tantas polêmicas, revoltas e angústias. Depois de muito tempo sem confirmar o lançamento de Xenoblade Chronicles no continente americano, a Nintendo - provavelmente com medo de dar início à próxima guerra mundial - acabou cedendo aos clamores do público e a sua chegada ao ocidente já está marcada para o começo do ano que vem. E todos esses pedidos não foram para menos: quem teve a oportunidade de jogar a versão europeia do jogo pôde comprovar que se trata de um dos melhores RPGs já feitos. Os motivos para isso são muitos: personagens cativantes, uma história envolvente, um sistema de batalhas dinâmico e divertido e muitas missões opcionais (muitas mesmo, ao ponto de fazer o jogo parecer infinito pra quem quer completa-lo 100%). Tendo dado as caras este ano na Europa, Xenoblade Chronicles pôde entrar nesta lista, mas se considerarmos o seu lançamento americano, ele certamente dará um ótimo candidato para os melhores de 2012 também.
6. Professor Layton and the Last Specter (DS)
Não faz muito tempo que o Professor Layton – ou Leitão, para os mais íntimos – apareceu pela primeira vez no DS, mas ele já conseguiu conquistar uma legião de fãs. Suas aventuras são sinônimas de animações de primeiríssima qualidade, tramas complexas e cheias de mistério e centenas de puzzles para testar o raciocínio até dos jogadores mais inteligentes. The Last Specter, o quarto episódio da série lançado no DS, não é diferente. A fórmula é exatamente a mesma dos demais jogos e isso é muito bom, já que não dá pra terminar uma aventura do Professor e não ficar sedento por mais enigmas e quebra-cabeças. A história de The Last Specter é particularmente interessante, já que se passa antes dos demais jogos e conta como o Professor conheceu o seu ajudante Luke. E pra ficar ainda melhor, há incluso um segundo jogo chamado London Life, um RPG estrelado por vários personagens da série e que, embora não tenha relação com o jogo principal, pode consumir dezenas de horas dos jogadores que estiverem dispostos a se dedicar a ele. E quem já terminou de quebrar a cabeça com The Last Specter pode ficar tranquilo, pois novas aventuras do Professor – incluindo um encontro épico com o advogado Phoenix Wright – estão vindo aí.
5. The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D (3DS)
Quando um jogo que fez sucesso há mais de uma década consegue ser relançado e ainda ficar entre os melhores do ano, significa que ele realmente é muito bom. E com Ocarina of Time não havia como duvidar que isso fosse acontecer: quando foi anunciado o remake deste clássico do Nintendo 64, que é considerado por muitos não apenas como o melhor jogo da série, mas o melhor jogo de todos os tempos, a empolgação foi geral. E a receita original não precisou ser muito modificada para dar certo. O visual foi completamente refeito para utilizar o poder do 3DS e alguns modos adicionais foram incluídos, mas o jogo em si é basicamente o mesmo de quando o original foi lançado em 1998. Quem já viveu esta épica aventura de Link, no qual o herói deve alternar entre passado e futuro - criança e adulto - para derrotar as forças malignas lideradas por Ganondorf, pode revivê-la novamente, com gráficos melhorados que só ficam ainda mais bonitos com o efeito 3D do portátil. Quem, por outro lado, nunca teve a oportunidade de jogar Ocarina of Time, pode agora corrigir esse erro imperdoável no melhor estilo.
4. Pokémon Black/White (DS)
Não há como errar com Pokémon, não é mesmo? Não com os jogos da série principal, pelo menos. Quando achamos que a repetida fórmula já deu tudo o que tinha, eis que vem a Nintendo, nos joga em mais um novo mundo com mais um monte de novos monstrinhos e lá estamos nós, mais uma vez viciados em “pegar todos” do mesmo jeito que ficamos quando o primeiro jogo da série foi lançado lá em 1998. É claro que há também outros novos elementos para ajudar a manter a coisa interessante, como gráficos melhorados, a mudança de estações , os novos modos de batalha e uma jogabilidade online ainda mais forte e cheia de recursos. Qualquer uma das duas versões é diversão garantida por muito tempo e, citando um finado grande músico, “não importa se é Black ou White”, ambos são merecedores da quarta posição nesta lista.
3. Mario Kart 7 (3DS)
O jogo foi lançado há poucos dias, agora em Dezembro mesmo, mas não é necessário jogar por muito tempo para chegar à conclusão de que Mario Kart 7 é um dos melhores jogos do ano. As corridas do encanador e seus amigos no 3DS trazem tudo o que já fez da série um tão grande clássico, além de inovar à sua própria maneira. Personagens, itens e pistas novas já eram de se esperar, mas a grande surpresa foi a inclusão de asas-delta para fazer os karts planarem e a possibilidade de se dirigir debaixo d’água, o que implica em novas e interessantes estratégias durante as corridas. Além disso, o modo multiplayer online foi fortemente aprimorado, agora contando até com comunidades com regras customizáveis e um canal para reunir diversos dados obtidos de outros jogadores de todas as partes do mundo. É ótimo ver que a Nintendo está finalmente dando a atenção que deve ao mundo online e Mario Kart 7 é o jogo perfeito para demonstrar isso. Agora pegue logo um 3DS com Mario Kart 7 e vá procurar o pessoal da equipe Nintendo Blast para vencê-los em uma corrida!
2. Super Mario 3D Land (3DS)
Pois é, Mario não se contentou em ocupar apenas uma das posições mais altas desta lista com suas corridas de Kart como também caprichou na sua primeira aventura própria no 3DS. Super Mario 3D Land conseguiu juntar o melhor de dois estilos de jogos do Mario que até então andavam separadamente: o de plataforma 2D, que levou a série à fama lá na época do Nintendinho e mais recentemente foi ressuscitado por New Super Mario Bros., e o de plataforma 3D, que teve início com Super Mario 64 e chegou até o Super Mario Galaxy 2. Os power-ups, as fases curtas com limite de tempo e a estrutura dos mundos remetem aos clássicos da série, enquanto os ambientes tridimensionais e controles são tão bons quanto qualquer jogo 3D do encanador. O toque final são as novas ideias que fazem excelente uso dos recursos do 3DS, como o efeito 3D utilizado com muita criatividade e a troca de informações via Street Pass. Também não podemos deixar de citar as fases muito variadas e divertidas, o épico duelo final (que sem dúvida está entre os melhores da série) e os mundos especiais, que duplicam o conteúdo do jogo e trazem um desafio extra para os mais experientes.
Outro fator que sem dúvida também ajudou no sucesso de Super Mario 3D Land foi ele ter sido o primeiro título original para o 3DS cuja compra realmente vale a pena. Até então, os exclusivos do portátil, como Pilotwings Resort ou Nintendogs + Cats, não passavam de razoáveis e os jogos bons se limitavam a relançamentos de títulos já existentes, como Ocarina of Time, Star Fox 64 e Street Fighter IV. Só mesmo o herói narigudo da Nintendo para reverter essa situação e ele não o poderia ter feito em melhor estilo.
1. The Legend of Zelda: Skyward Sword (Wii)
Você já sabia qual era o jogo que estaria em primeiro lugar, não é? É isso mesmo, o aniversário de 25 anos de The Legend of Zelda fecha com chave de ouro trazendo dois jogos do herói de roupa verde na lista de melhores do ano. Um novo jogo da série The Legend of Zelda sempre é um acontecimento de grande importância, mas a Nintendo realmente caprichou na nova aventura de Link no Wii. Desde a arte conceitual exibida na E3 de 2009, que causou grande alvoroço por mostrar um Link sem espada, às primeiras informações oficiais do jogo que revelaram o novo visual e o uso do Wii Motion Plus para um controle preciso da espada, até a reta final antes do lançamento, com a divulgação dos mais variados vídeos e imagens, tudo só nos deixava cada vez mais ansiosos para ver o resultado final. E que resultado final! Skyward Sword conseguiu ficar à altura de todas as nossas expectativas – e talvez até superá-las -, se tornando uma verdadeira obra de arte (até mesmo no sentido literal da palavra, já que o visual do jogo foi inspirado nas pinturas de artistas impressionistas como Paul Cézanne).
Skyward Sword não é apenas bonito... ele é extenso, com muitas horas para se gastar em missões opcionais, tem um vasto mundo para ser explorado tanto abaixo das nuvens como sobre elas, tem uma história realmente envolvente, com personagens mais elaborados do que geralmente acontece na série e, é claro, conta com todos os elementos característicos que fizeram da série uma verdadeira lenda. Mas o destaque fica mesmo para o controle inovador que, graças ao Wii Motion Plus, faz com que Link imite precisamente os movimentos feitos pelo jogador, o que resultou em batalhas que requerem um nível bem maior de estratégia, mas que também se tornaram bem mais divertidas. O novo controle deu tão certo, aliás, que Eiji Aonuma – um dos grandes responsáveis pela série – já confessou que pretende seguir com essa ideia em futuros jogos da série.
Se The Legend of Zelda: Skyward Sword é o melhor jogo da série, isso é discutível – muitos ainda defenderão Ocarina of Time, Majora’s Mask, Wind Waker, Twlight Princess, ou qualquer outra aventura de Link que tiver lhe marcado particularmente -, mas não há como negar que é um digno merecedor do melhor jogo de 2011.
E para você, quais foram os melhores jogos lançados para consoles da Nintendo em 2011?