Blast from the Past: Star Fox: Assault (GC)

em 24/10/2011

Quando Assault foi anunciado, a expectativa era alta. Afinal de contas, era o retorno da raposa mais famosa do mundo dos games para a sua... (por Alveni Lisboa em 24/10/2011, via Nintendo Blast)

imageQuando Assault foi anunciado, a expectativa era alta. Afinal de contas, era o retorno da raposa mais famosa do mundo dos games para a sua nave espacial, a Arwing. Não que o antecessor, Adventures, fosse ruim, mas não tinha a essência que marcava a série Star Fox: os combates aeroespaciais frenéticos. Assault tenta resgatar essa aura, mas não chega nem perto do clássico Star Fox 64. Talvez eu esteja sendo muito exigente, mas sugiro que você continue a leitura para entender. A história do jogo se passa um ano após os acontecimentos de Star Fox Adventures. O objetivo agora é derrotar os Aparoids, uma raça de robôs que ameaça todo o Lylat System. Os tais robôs são mais chatos e inconvenientes do que assustadores ou difíceis. Aliás, eles não tem carisma algum perto dos tradicionais chefões da série...

imageEm SF: Assault, a equipe tem uma nova integrante: a raposa rosa Krystal, que se juntou ao time como forma de retribuição a Fox pelo salvamento. O restante do time você já conhece dos jogos anteriores: a raposa protagonista, Fox McCloud; o falcão azul marrento, Falco Lombardi; o inteligente coelho, Peppy Hare; e o sapo irritante, Slippy Toad. Peppy, porém, abandonou a profissão de piloto, dedicando-se exclusivamente a dar conselhos a você.

Voe, bombardeie e corra

imageO diferecial de Assault é a variedade de veículos utilizados. Você terá que realizar missões a pé, no controle do tanque Landmaster ou a bordo da velha conhecida aeronave Arwing. Com essa possibilidade, você poderia pensar: “Uau, então eu posso jogar cada fase de uma maneira diferente para liberar novas rotas, né?”. Infelizmente, não é isso que ocorre. O jogo é totalmente linear: de cabo a rabo. Nenhuma missãozinha extra ao coletar itens especiais, nenhum final diferente ao zerar sem deixar nenhum parceiro morrer. Ah, para não dizer que não tem nenhuma recompensa: se você conseguir medalhas de prata em todas as fases libera uma versão do game Xevious. Para quem já o tem no 3DS, nem vale a pena, né?

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As fases são de dois tipos: as áreas sobre trilhos, iguais a maioria de Star Fox 64, e as abertas de exploração. As primeiras são ótimas e chegam a despertar o saudosismo do console de 64 bits da Nintendo. Você consegue movimentar a nave para os lados e realizar manobras, mas precisa seguir um caminho predeterminado. Já o segundo tipo de fase, apesar de repletas de inimigos, são pequenas e mal construídas. A maioria é circular, confusa e sem graça. A impressão que se tem é de que você está dentro de uma bolha mal-desenhada infestada de monstrinhos chatos sugando sua vida. Isso é realmente uma pena, porque os gráficos de SF: Assault são muito bons para a época. Os imagecenários abertos poderiam ser muito mais bonitos e interativos do que são. Os belos efeitos de luz e sombra, marca registrada do GameCube, estão lá para quem quiser apreciar.

Os objetivos, com exceção dos realizados a bordo da Arwing, são monótonos e nos remetem aos antigos Beat 'em up’s. A maioria das missões a pé ou de tanque consiste em destruir algo, proteger algum amigo e/ou chegar até determinado local.

Faça o que você sabe, Fox

Fox não é um policial do FBI, nem um espadachim e muito menos um “Indiana Jones”. Ele é um piloto de nave espacial. Mesmo assim, o antecessor de Assault, Star Fox Adventures, provou que a raposa da Nintendo também conseguia bancar o herói a pé. Com a incorporação de alguns elementos de Zelda, como o “Z-Target”, por exemplo, Fox se saia bem no planeta dos dinossauros. Em Assault, porém, a situação foi diferente: no chão, os comandos não respondem tão bem. O fato de você lidar com três jogabilidades distintas também cimageonfunde os novatos. Controlar o bendito Landmaster exige paciência e prática.

No ar, tudo vai muito bem. Isso é explicado pelo fato de a equipe de produção de Star Fox Assault ter sido a mesma responsável pela série Ace Combat, da Namco. Ou seja: os caras eram mestres em jogos de combate aéreo, mas não têm o costume de criar games que gastam a sola de sapato.

Multiplayer multiveicular

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Seguindo a linha da diversidade, o multiplayer de Assault acompanha o modo single player. Você e seus amigos podem escolher o que se sentirem mais à vontade para meter bala um no outro. Algumas fases têm limitações que não permitem usar um ou outro veículo, mas isso não tira a graça das batalhas. image

Há vários modos disponíveis, mesclando características de jogos de combate aéreo e terrestre. O clássico “Capture the Flag” é “Capture the Crown”, por exemplo. Ao decorrer das partidas, novos personagens, armas, itens e mapas vão sendo liberados, acrescentando mais fator replay ao game. Dentre as armas, destaca-se lança-granadas, metralhadoras e Demon Launcher, a chamada “arma dos noobs” - ela mata com só um tiro, parecida com a Golden Gun de GoldenEye, mas apenas quem está perdendo consegue obtê-la. Dentre os personagens, dá para jogar com alguns chefes e até com Peppy, o aprendiz de fada Navi.

Recepção fraca

imagePelos defeitos citados anteriormente, Star Fox Assault recebeu notas bem medianas (talvez as menores da série). Era um game inovador que tinha tudo para dar certo, mas que pecou demais. A extrema irregularidade comandou: poucos momentos divertidos e muita enrolação recheadas de tiroteios sem graça. A parte terrestre era realmente entediante. Eu tentava passar o mais rápido dela para poder voltar a pilotar a Arwing, algo que acontece bem menos do que deveria. Porém, não dá para dizer que o jogo é ruim, principalmente para quem é fã da série. Se você tem um Wii, consiga o jogo enquanto espera a sua encomenda com o Star Fox 64 3DS chegar. Certamente, será um ótimo passatempo.

Revisão: Alberto Canen

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