Análise: Mario Party 8 (Wii)

em 19/08/2011

A franquia de muito sucesso Mario Party começou sua jornada pelo mundo dos videogames em 1999, no Nintendo 64. Desde então, tem aparecido... (por Alberto Canen em 19/08/2011, via Nintendo Blast)

CapaA franquia de muito sucesso Mario Party começou sua jornada pelo mundo dos videogames em 1999, no Nintendo 64. Desde então, tem aparecido em todas as plataformas da Nintendo, seja no GameCube, seja nos portáteis Game Boy Advance e Nintendo DS. Como era de se esperar, o mais recente console de mesa lançado pela Big N não ficaria de fora da brincadeira, como não ficou, e, em 2007, a oitava edição da festa mais famosa do mundo dos games despontou também no Wii, compartilhando do mesmo sucesso de suas versões anteriores, vendendo mais de 8 milhões de cópias até março de 2011.

 

A possibilidade de utilizar o controle de movimentos da Nintendo, o Wii Remote, só fez adicionar diversão ao game que, como nas outras versões, trata-se de um jogo de tabuleiro virtual, disputado pelos personagens da turma do Mario, com diversos minigames acessíveis para qualquer membro da família. Mas, mesmo que você seja um jogador “hardcore”, vale a pena conferir mais essa festa do bigodudo italiano mais famoso do mundo.

O bastante excêntrico diretor e guia do Star Carnival (Parque de diversões estelar) MC Ballyhoo, com o seu Chapéu-falante, Big Top, convidou Mario e a MC Ballyhoo e Big Topsua turma para o seu parque de diversões. Não apenas isso, como prometeu um ano de doce grátis para o vencedor das competições. E quem resiste a doce de graça? Evidente que todos vão se esforçar ao máximo para sair vencedor e cheio de cáries dessa brincadeira.

Mais do que doces, o maluco diretor tem uma ótima surpresa para o vencedor – quem vencer verá. O que não é surpresa alguma, principalmente para quem já jogou qualquer um dos jogos da série Mario Party, é a certa aparição do estraga-festa absoluto, ele mesmo, Bowser. Já deu para perceber que a história é só um pano de fundo para poder entrar na brincadeira e dar tema aos minigames.

Mais do mesmo

É o mesmo esquema dos demais jogos da franquia. É necessário “jogar” o dado, andar o número de casas correspondente, ganhar ou perder moedas, dependendo do Laçandolocal que parar, jogar minigames ao final dos turnos, e o vencedor é quem conseguir coletar o maior número de estrelas (que aparecem uma de cada vez) ao final da partida; tudo isso num dos tabuleiros disponibilizados pelo jogo. Nada disso é novo, nem precisaria ser, pois é a marca registrada da série. Quem compra um jogo com o selo Mario Party está esperando justamente por esse tipo de atividade. Não é um erro manter a fórmula de sucesso, pelo contrário, seria até decepcionante não encontrar tudo isso que já aprendemos a gostar tanto. O que deve mudar é a forma como essa jogabilidade é apresentada, para não ser um jogo idêntico ao anterior. Nesse aspecto, Mario Party 8 tanto inova, com o novo tipo de controle, quanto mantém-se estagnado, com a mesma jogabilidade dos títulos anteriores.

GameCube com Wii Remote

LetterboxTirando o fato de se usar o Wiimote para controlar os jogadores, não dá para notar qualquer melhoria em relação à geração anterior. De fato, não seria surpresa se esse título, Mario Party 8, tivesse sido elaborado para o GameCube e apenas transportado para o Nintendo Wii. A primeira pista disso é o fato de não usar a tela em modo Widescreen (16:9) – a não ser na tela de menu – e usar tão somente, para o momento do jogo, a opção em Letterbox (4:3). Claro que, nas gerações atuais, não faz sentido algum a falta de uma opção que se adeque aos novos televisores de LCD e Plasma.

Gráficos ruins e serrilhadosNão apenas o tamanho da tela ficou prejudicado, como também a própria qualidade das imagens, bem aquém do esperado para o Wii. Até mesmo para o GameCube os gráficos deixam a desejar. As imagens possuem as bordas serrilhadas demais e com pouco detalhamento, apesar de serem bem coloridas. Basta pegar um jogo de Wii contemporâneo para perceber a diferença na qualidade entre ambos, tal como Super Paper Mario. Mesmo este poderia ser melhor, mas em comparação, já é suficiente para perceber que é bem melhor.

O som também não é lá essas coisas e não tem qualquer destaque no jogo, apesar de algumas músicas simpáticas. As falas dos personagens quase não existem, e os personagens se repetem demais.

Outra ausência marcante é de um multiplayer online, o que hoje em dia pode ser considerado uma falta injustificada, uma vez que jogar se valendo da internet é muito comum em qualquer uma das novas plataformas. Além do mais, o forte do jogo está justamente na experiência multiplayer, pois o jogo, definitivamente, não foi feito para jogar sozinho.

Não dá para ficar parado

Se há um verdadeiro destaque no quesito inovação em Mario Party 8, certamente é o controle, o Wii Remote. E que boa combinação com os minigames. Sim, uma parceria que deu certo, pois ficou ainda mais fácil e divertido jogar. O estilo aponte e clique, como também chacoalhar o controle e outros, são fáceis e bastante intuitivos. No primeiro momento já é possível entender o que deve ser feito e “mandar ver” logo de cara. Difícil mesmo é ficar sentado, pois vários movimentos exigem que se fique em pé para conseguir realizá-los com precisão. E também ninguém compra um Wii pensando em ficar na mesma jogabilidade convencional de sempre.

Não é necessário usar o Nunchuck,  o que só dificultaria a jogabilidade, fora que seria bem caro ter, além de 4 Wiimotes, mais 4 Nunchucks. Provavelmente alguém ficaria de fora, o que convenhamos, não é nada interessante, ou teria que trazer o seu próprio controlador, e nem todos, infelizmente, tem um Nintendo Wii.

Movimentos de serrar, remar, pintar, equilibrar e direcionar são frequentes e muito divertidos. Vejamos um vídeo demonstrativo:

Wiimote: como usar.

As tendas do parque

  • Party Tent: os jogadores podem jogar de 3 formas diferentes: Battle Royale, em que 4 jogadores competem; Tag Battle, que disponibiliza batalhas de 2 contra 2; ou Duel Battle, onde se joga 1 contra 1. Se o número necessário de jogadores não for atingido, o próprio game se encarrega de controlar os demais personagens.MainMenu
  • Star Battle Arena: é o modo single-player, que conta a história do jogo. Nesse modo o jogador deverá enfrentar um oponente em cada um dos tabuleiros até enfrentar o Bowser. É aquele modo mais sem graça, pois jogar sozinho não traz, nem de perto, a diversão que o modo multiplayer, em que você está disputando contra seus amigos.
  • Minigame Tent: aqui é possível jogar os minigames sem ter que passar por um tabuleiro.
  • Extras Zone: tem 8 minigames extras que não aparecem durante as partidas de tabuleiro. A novidade é poder utilizar o seu próprio Mii para jogar.
  • Fun Bazaar: local onde é possível trocar cartões por itens, modos, minigames ou para ver vídeos dos minigames, vozes dos personagens e música.

Muitos joguinhos

Os minigames são o ponto forte da franquia Mario Party, e o mesmo acontece nessa oitava edição. São mais de 80 minigames e diversos tipos diferentes:

  • 4 jogando cada um por si: como no minigame At the Chomp Wash, no qual é necessário lavar toda a tinta de uma Chain Chomp.

Lavar o Chomp-chain

  • 1 jogando contra 3: temos como exemplo o Chump Rope, em que um dos participantes deve balançar a corda enquanto os outros 3 devem pular, evitando serem acertados.

Pular Corda

  • 2 contra 2: um bom exemplo é o Rowed to Victory, em que dois jogadores ficam dentro de um barco e cada um é responsável por um dos remos, assim é necessário cooperar para poder vencer a outra dupla. Em alguns momentos, um deverá remar mais do que o outro, para poder mudar a direção.

Rowed to Victory

  • Battle: como no minigame Snipe for the Picking, em que é necessário acertar o alvo e fazer o maior número de pontos.

Snipe for the Picking

  • Duel: em Pumper Cars temos um exemplo interessante. O jogador deve mover o wiimote para cima e para baixo para mover o carro o mais rápido o possível.

Pumper Cars

  • Challenge: em Stampede, o jogador deve carimbar a sua marca em papel branco ou lençol, evitando carimbar na marca do Bowser.

Stampede

  • Extra: o jogador deve, no minigame Chomping Frenzy, alimentar cada Chain Chomp com seu respectivo alimento. Cada um pode usar seu próprio Mii.

Chomping Frenzy

Os convidados da festa

São 14 personagens ao todo. 2 deles precisam ser desbloqueados: Hammer Bro. ou Blooper, bastando, para tanto, vencer a Star Battle Arena. Se desbloquear um deles, como o Hammer Bro., basta terminar o Star Battle Arena novamente para desbloquear o outro, no caso do exemplo, o Blooper.

MP8 Personagens

Local da festa

São 6 tabuleiros virtuais ao todo. Cada um bem diferente do outro e baseados no mundo de Mario. Vejamos:

  • DK's Treetop Temple: o jogador deve encontrar uma estrela de cada vez, que aparecem em locais aleatoriamente, ao valor de 20 moedas cada. Se para num local com o símbolo “DK” faz o Donkey Kong aparecer e arremessar o personagem diretamente para o local da estrela. Em contrapartida, se parar no símbolo do Bowser, a estrela será enviada para um lugar diferente.

DK's Treetop Temple

  • Goomba's Booty Boardwalk: é um tabuleiro linear, diferente do que normalmente acontece, em que o tabuleiro liga um ponta com a outra. Quem chega ao final recebe uma estrela do Capitão Goomba.
Goomba's Booty Boardwalk
  • King Boo's Haunted Hideaway: os personagens se movimentam pela mansão procurando pelo King Boo e receber uma estrela dele. Ele se encontra em um dos 3 quartos.

King Boo's Haunted Hideaway

  • Shy Guy's Perplex Express: os jogadores movimentam seu personagem pelo trem, com o objetivo de chegar ao condutor, que venderá uma estrela por 20 moedas.

Shy Guy's Perplex Express

  • Koopa's Tycoon Town: esse tabuleiro lembra muito o jogo Monopoly, ou como conhecemos por aqui, Banco Imobiliário. Os jogadores investem dinheiro em hotéis com o intuito de ganhar estrelas, basta investir moedas no hotel.

Koopa's Tycoon Town

  • Bowser's Warped Orbit: esse tabuleiro é desbloqueado após vencer o Star Battle Arena. Os jogadores devem roubar estrelas dos oponentes para vencer.

Bowser's Warped Orbit

Prós

  • Wii Remote bem aproveitado.
  • Minigames divertidos.
  • Fácil de jogar: acessível para toda a família.

Contras

  • Gráficos mal trabalhados.
  • Som repetitivo e sem destaque.
  • Fator replay baixo no modo single-player.
  • Multiplayer online inexistente.

Mario Party 8 – Nintendo Wii – Nota Final: 6.5

Gráficos: 5.0 | Som: 6.0 | Jogabilidade: 8.0 | Diversão: 8.0

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