A leitora @marianaluthor sugeriu e nós do Nintendo Blast resolvemos participar do meme que vários retroblogers estão postando nos últimos dias (só pra citar alguns, vale a pena dar uma olhada nos textos do videogame.etc, Retroplayers, QGMaster e Gaga Games). Chegou a hora de contar as nossas primeiras experiências com nosso primeiros consoles - e olha que foram litros de lágrimas derramadas ao relembrarmos os momentos em que ainda engatinhávamos em nossa vida gamer. Sem mais conversa, vamos lá:
Gustavo Assumpção – Super Nintendo
Minha primeira experiência gamer aconteceu meio tarde, pra ser sincero. A primeira vez que peguei num controle (sem malícia!) foi em 1993, aos quatro anos de idade. Naquela época, fiquei fascinado com um Super Nintendo, presente de Natal de um primo meu. O fascínio foi tão grande que esse acabou sendo meu pedido de Natal no ano seguinte, mas só fui ganhar meu primeiro videogame em 1995, aos seis anos.
A habilidade não é o forte de uma criança que ainda começava a exercer atividades lúdicas mais complexas, por isso os primeiros momentos foram bem complicados. É engraçado, mas os meus dois primeiros cartuchos – Super Mario World e Cool Spot – eram desafios muito grandes para quem tinha mãos pequenas demais para segurar um controle. E olha que eu era o irmão do meio, mas ainda assim tinha mais habilidade que meu irmão mais velho, que nasceu três anos antes.
É bem gratificante perceber que ali começava essa paixão que dura até hoje. E é muito maluco perceber que ela se tornou a atividade que mais ocupa o meu tempo de lazer e o meu tempo do trabalho. Aquele primeiro momento, que poderia não significar muita coisa, acabou definindo muito do que esse tal de Gustavo Assumpção é. Um gamer, acima de tudo.
Alberto Canen – Master System
Legal, tem dois botões. Mas não tem alavanca, é outro botão maior, e controla com a mão esquerda. Agora sou eu. Que complicado. Ah, Alex Kidd... logo será minha vez novamente. Casa dum amigo meu, somos cinco revezando. Que video game maravilhoso.
– Pai, já sei o que quero de aniversário.
Chega o dia. Expectativa. Deu tudo certo – Classe média – meu pai e meu tio instalam o console.
– Humm, vem com pistola.
Eles testam o brinquedo novo. Horas...Não reclamo, sou muito educado para isso, outros tempos...lembro de um autorama, mesma situação, mesmo personagens, outra história. Cansaram. Começo a jogar. Já acostumei com o novo controle. Essa moto é muito bacana – já vem na memória – e eu passo uma fase, outra, perco, começo de novo...horas. Que dia ótimo!
Meus amigos também ganham um. Reuniões nas salas para jogar.
– Nossa, Double Dragon, é de dois, de luta.
– Olha esse golpe!
– Me ajuda aqui, estou apanhando.
– Bate naquele, que eu bato nesse.
Phantasy Star. RPG, o que é isso? Os personagens conversam, dão dicas. Tem que falar com todo mundo para descobrir as coisas. É em português. Uau! Esse labirinto é impossível. Revistas com os mapas. Agora vai. Zerei.
– Me empresta aquele que você terminou, pega esse, você vai gostar.
– Eu comprei um novo. De futebol. Lançamento. Copa de 90. Tem até penaltis.
Out Run. É de carro. Legal. Ei, meu recorde é maior do que o que está nessa revista. Vou tirar a foto e enviar...nada. Mas mostrei para todo mundo. Sério mesmo.
Zillion. Psycho Fox. Shinobi. Amigos...quer saber, nunca vou esquecer do meu Master System.
Bruno Grisci – PlayStation
Ao contrário de muitos de vocês, eu não posso dar o nome de um console para marcar o início da minha relação com os videogames. Digo isso porque, ainda pequeno, com uns quatro anos, eu não ganhei um dos consoles populares da época, como o primeiro PlayStation, o N64 e os Gameboys. Eu ganhei um computador. Isso mesmo, por um longo período, praticamente todo meu contato com jogos foi através dos PCs, essas incríveis máquinas multiuso, o que provavelmente foi determinante no meu gosto por séries de estratégia, especialmente Civilization e Age of Mythology Empires, simulação e de edição/construção, gêneros muito comuns nos computadores.
Daí também deve ter vindo meu hábito de jogar games em flash internet afora, tanto é que criei um blog no qual falo muito desse assunto. Claro que eventualmente eu jogava algum console na casa de amigos e familiares, mas não tanto quanto meus jogos favoritos em CD-Rom (antes dos DVDs).
Mas apesar de ainda adorar jogar nos PCs (e viva o Steam!), temos que expandir nossos horizontes. Eu acabei ganhando mais tarde um PSOne, quando o PS2 já reinava absoluto. Um bom videogame, o PSOne, garantiu boa diversão, embora não tenha o explorado muito, em parte por causa do problema de leitura que o meu tinha, gastava um bom tempo tentando fazer os jogos rodarem, até tentava virar de cabeça para baixo. Ficou um bom tempo aqui em casa, até ir embora para a chegada do Wii, e eu acabei tendo que parar com minhas lutas do Warpath: Jurassic Park.
Daniel Moisés – NES
Sendo o mais novo entre quatro irmãos, meu primeiro contato com um videogame foi como espectador, simplesmente admirando de longe enquanto os mais velhos se aventuravam nos mundos virtuais. Embora eu tenha algumas lembranças de verdadeiras antiguidades como o Atari e um computador da Texas Instruments (não me perguntem os modelos específicos, pois eu não faço nem ideia), falar sobre eles é abusar demais da minha memória.
Foi com o NES, entretanto, que o gamer dentro de mim realmente começou a nascer. Mesmo ainda optando muitas vezes por manter distância e deixar o “trabalho” para meus irmãos (ainda mais em se tratando de jogos perversamente difíceis como Megaman, Ninja Gaiden, Little Nemo e tantos outros), foi com o Nintendinho que eu arrisquei as minhas primeiras vidas virtuais. Ainda me lembro claramente de meus irmãos me ensinando a jogar: “agora você fica parado aqui na frente deste arbusto... quando aquele monstrinho estiver chegando perto, você aperta este botão pra pular e cair em cima dele”. O “monstrinho” em questão era um Goomba... o primeiro inimigo da primeira fase de Super Mario Bros. Outro jogo que eu não tinha receio de jogar era o Duck Hunt, porque em último caso, bastava fazer uma leve trapaceada e jogar com a arma do NES grudada na TV (não me julgue, todos que jogaram Duck Hunt já fizeram isso alguma vez!).
Depois disso veio o SNES. Com ele e seus excepcionais e inesquecíveis jogos, eu me tornei, de uma vez por todas, um verdadeiro fã dos videogames... e da Nintendo!
Felipe de Castro – Turbo Game
É uma nostalgia gostosa lembrar-se da primeira vez que tive a oportunidade de jogar um vídeo-game. E para alguns é mais agradável ainda lembrar-se do seu primeiro vídeo-game! Bem, para mim não é assim uma situação tão deleitável. Na época meus pais me presentearam com um Atari, estava super feliz e empolgado. Pois agora teria meu próprio vídeo-game e não seria mais necessário ir para casa do meu primo para poder desfrutar de um pouco de diversão. Pois é, na ansiedade do momento juntamente com o não conhecimento na instalação do Atari. Não sei o que aconteceu, mas meus pais queimaram e estragaram com minha diversão.
Anos depois, passado o trauma do Atari que não pude jogar, tive a real oportunidade de ter meu primeiro vídeo-game e poder desfrutar de toda diversão que ele iria me proporcionar. Era Turbo Game da CCE com dois controles e um cartucho chamado Brush Roller, uma espécie de Pac-man limpador de rua. E o melhor ainda, ele era “Dual Slot”, aceitava os cartuchos tanto da versão americana quanto a japonesa do NES. Claro que não era o vídeo game mais top de linha, senão me engano, já existia o Mega Drive na época e o Super Nintendo estava prestes a ser lançado.
Mas não importa, foi com Turbo Game que tive a oportunidade de conhecer os grandes clássicos e jogos que se tornaram inesquecíveis como: Super Mario Brothers 3, The Legend of Zelda, Mega Man, Battletoads, Popeye, The Simpsons: Bart vs. the Space Mutants, Gauntlet, The Flinstones, Adventure Island, Tiny Toon Adventures, CastleVania, Ghostbusters, Prince of Persia, Ice Climber, Duck Tales, Kirby, Maniac Mansion, Double Dragon e vários outros que fica difícil de lembrar tudo.
Foram horas e mais horas para conseguir finalizar os jogos. Alguns deles até hoje não sei como é o final, devido a grande dificuldade do game, cito Battletoads como exemplo. Mas confesso que era extremamente gratificante finalizar certos jogos, uma emoção inigualável. Lembrando, que na época o máximo que existia para dar continuidade ao games eram os chamados Password, nada de bateria interna ou memory cards. Enfim, são momentos e recordações incríveis ao se lembrar do meu primeiro vídeo-game.
Confira as postagens dos blogs participantes:
- 1/2 Orc - (Heider | Mariana)
- 1/2 Orc - (SergioSJS)
- Arquivos do Woo - (Cyber Woo)
- Bla... Bla... Games... - (Ritalinando) - [Cópia do Videogame.etc.br]
- Blue Rose Garden - (Patty K)
- Cemetery Games - (Henrique Caveira)
- CoolNerdBR - (Johnny Campos)
- Cosmic Effect - (Cosmonal)
- Dimensão X - (Oráculo)
- Gagá Games - (André Breder)
- Gagá Games - (Orakio Rob, "O Gagá")
- Game Genius - (Leonardo Soler)
- Game Genius - (Romulo Kusanagi)
- GLStoque - (Gabriel)
- Jogando com os Amigos - (Solo Player)
- Memórias de um Lobo de Madeira - (Lobim)
- Point Games Brasil - (Willi JRCW)
- QG Master - (Adinan A.)
- QG Master - (Leo S.)
- Relíquias do MAME - (A.L.A.S.)
- RetroNewsForever - (Nesbitt)
- RetroNewsForever - (Tandrilion)
- Retroplayers - (Edwazah)
- Retroplayers - (Sabat)
- Retroplayers - (TH)
- Retroplayers - (Trooper)
- Robson's Blog - (Robson)
- Tecnicamente - (Becker)
- Vão Jogar - (Tchulanguero)
- Videogame.etc.br - (Ritalinando)
E você? Conte pra gente qual foi o seu primeiro console!