Quando os vídeo-games explodiram e tornaram-se item doméstico, dizia-se que jogos eletrônicos seriam a extinção de jogos de tabuleiro, amarelinha, peteca e todas aquelas brincadeiras de infância. Enfim, talvez os games realmente tenham roubado a cena dos tabuleiros e dados, mas ninguém imaginou que eles também poderiam turbinar este tipo de jogo. Com Mario Party, a Nintendo uniu tabuleiro com joystick e criou uma das melhores séries do Mario e sua turma. Com o lançamento do segundo capítulo da série, Mario Party 2, para o Virtual Console, nada melhor do que relembrar essa sequencia que é o estopim da franquia.
Uma história um pouco diferente
Certa feita, Mario e sua turma construíram mais um mundo fantástico e fictício, nomeado “Mario Land”. Insatisfeito com o nome, Wario logo aparece para estragar a festa. O irmão ganancioso do Mario muda o nome para “Wario Land”, mesmo que isso custe uma briguinha com Luigi, Yoshi, Donkey Kong e o próprio Mario. A fim de dar um basta na disputa, Peach decide dar ao novo mundo o nome de “Peach Land”. Ao ver o nome cheio de rosa e brilho, os outros desmaiam instantaneamente. Mas, enquanto não chegam a um impasse, Bowser põe seu plano nem um pouco original em prática: ele ataca Mario Land (ou seria Wario Land? Quem sabe até Peach Land). Um Koopa Troopa assiste à destruição e vai imediatamente avisar a Mario e os outros, mas nenhum deles dá atenção ao alerta de um ser tão secundário quanto um Koopa Troopa. Aproveitando o pingo de relevância na franquia que possui, Toad propõe a todos darem um basta no plano do Bowser para depois poderem decidir o nome do mundo. Será que os nosso heróis conseguirão? Ou será que não terá sobrado mundo algum para nomear? Assim começa Mario Party 2.
Tabuleiro com Mini-game, uma mistura
A fórmula? Se você já jogou jogos de tabuleiro ou qualquer outro Mario Party, deve saber bem como é. O jogador escolhe um dos personagens selecionáveis (Mario, Luigi, DK, Yoshi, Wario ou Peach) e, após decidirem no dado a ordem das jogadas, começa o jogo. Os mapas aqui são bem extensos e cheios de casas especiais, cada uma com sua surpresa, algumas benéficas e outras que beiravam a injustiça. Ao fim de cada jogada dos quatro jogadores, um mini-game decidia quem ia ganhar umas moedinhas a mais. E qual a serventia das moedas de ouro? Comprar estrelas, é claro! O item sagrada decidia quem venceria e quem perderia, logo, era comum ver jogadores se matando para comprar uma (ou roubar de um amigo). A jogatina era bem viciante, embora longa e um pouco cansativa se jogada mais de uma vez. Se você já jogou com os amigos, deve saber o quão divertida era.
Este foi o primeiro Mario Party no qual o jogador tinha a possibilidade de armazenar um item para posteriormente ser usado. Os efeitos iam de atrapalhar a vida do seu colega a triplicar o número de dados. Os mini-games não deixavam a desejar, todos muito divertidos e competitivos. Detalhe que, diferentemente do primeiro Mario Party, nesta sequencia não há joguinhos que envolvem girar a alavanca analógica. A razão era pela forte incidência de calos e machucados nas mãos dos jogadores que experimentaram o primeiro game, haja loucura! Em questão de conteúdo extra, a Nintendo disponibilizou todos os mini-games para serem jogados na hora que quiser e extras como a sonoplastia completa do jogo.
Divertidíssimo, é um daqueles games que não se conta apenas habilidade, mas sorte, principalmente isso. Sorte em achar um bloco aleatório de estrelas e sorte de roubar as estrelas do amigo com ajuda do Boo. Já vale a pena só por ver os personagens trajados com o tema de cada um dos mundos (há roupa de explorador, mágico, pirata, astronauta e xerife). Agora que chegou ao Virtual Console, não há mais desculpas para comprar Mario Party 2 dar adeus ao tédio das tardes de domingo!