Reggie diz: não conseguimos fazer algo como BioShock 2

em 23/03/2010

Ao passar dos anos a Nintendo criou uma gama invejável de lendas e ícones nos vídeo games - vide Mario e Zelda - mas quando o assunto é a cr... (por Filipe Gatti em 23/03/2010, via Nintendo Blast)

Ao passar dos anos a Nintendo criou uma gama invejável de lendas e ícones nos vídeo games - vide Mario e Zelda - mas quando o assunto é a criação de títulos ou personagens voltados ao público adulto, ela não se dá muito bem.
Certamente há jogos que suprem a necessidade dos players hardcore, como Metroid e o próprio Zelda, mas ambos são títulos T-rated, ou seja, para adolescentes. A Nintendo nunca fez e provavelmente nunca fará um jogo M-rated, ou seja, exclusivo ao público adulto, o que significa que seus consoles sempre terão que precisar do suporte de third-parties. Esse é um fato que o próprio chefão da Nintendo Norte Americana Reggie Fils-Aime conhece, como ele diz em entrevista ao site IndustryGamers:
"O fato é que sabemos que criamos ótimo conteúdo para consumidores mais jovens. Sabemos que temos ótimos títulos para o público casual, e também queremos conteúdo fantástico para os jogadores mais ativos que gostam de Metroid e Zelda, mas que talvez também queiram algo mais no estilo de BioShock 2 para jogar."

"E também reconhecemos que não criamos esse tipo de conteúdo. Não somos bons nisso e não é o nosso principal foco. Só que queremos esse tipo de jogo para nossas plataformas, então tentamos atrair desenvolvedores terceiros e os encorajamos a criar esses títulos, mas tem que ser viável de forma financeira a eles também."
Por mais negativa que essa notícia possa parecer, na verdade ela é boa. É um pouco difícil competir com o PlayStation 3 e Xbox 360, afinal, as próprias produtoras já disseram que focarão o desenvolvimento de jogos hardcore para os dois consoles concorrentes, mas ao mesmo tempo é ótimo saber que a Nintendo não abandonou o seu interesse por jogos voltados ao público adulto, e que estão correndo atrás disso.

Afinal, o Wii atrai um público casual com jogos casuais porque é um console casual. E casual é ótimo! Mas se a Nintendo acha que os títulos hardcore precisam ser "viáveis de forma financeira" às produtoras, numa plataforma onde títulos de mini-game vendem pelo menos dez vezes mais que os violentos, então eles vão ter um certo trabalho na hora de convencê-las.
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Filipe Gatti
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