Lançado originalmente para o Playstation 1, no longínquo ano de 1998 , Metal Gear Solid teve o remake Twin Snakes, desenvolvido pela Silicon Knights e Konami, para o Nintendo GameCube em 2004. Mais do que um port do jogo, Twin Snakes prima pela qualidade gráfica, novas cenas e uma jogabilidade mais “livre”.
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This is Snake
O jogo se passa em 2005, em uma ilha a sudoeste do Alasca no mar de Bering, a ilha Fox, ou se preferir o codinome, Shadow Moses. O personagem principal, Solid Snake foi retirado à força de sua aposentadoria no Alasca e enviado até essa ilha, sozinho, a pedido coronel Roy Campbell para se infiltrar furtivamente no local, que funciona como uma instalação de armazenamento de armas nucleares e recentemente está sob o comando de terroristas de uma unidade de forças especiais geneticamente modificada, conhecida como FOXHOUND. A missão de Snake é resgatar dois reféns: o chefe da agência DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency) e o presidente de uma fabricante de armas, enfrentar os terroristas e impedi-los de lançar um ataque nuclear utilizando o rôbo Metal Gear.
O jogo só começa com essa premissa, reviravoltas são frequentes durante todo o gameplay.
O que me deixou curioso quando joguei pela primeira vez Metal Gear, foi o comentário de amigos. “Olha, é um jogo de um cara em um traje de mergulho que sai de dentro de um torpedo. Aí ele chega num porto, e sua primeira missão é alcançar o elevador, e você só tem como item um maço de cigarro e um binóculo. Pô! Um maço de cigarro e um binóculo.” Isso sem falar na trama bastante sólida, extremamente bem feita e detalhada, pra um jogador de 12 anos era surpreendente.
O criador Hideo Kojima se baseou no filme “Fuga de Nova York” para criar o personagem Solid Snake, o próprio Big Boss da série Metal Gear é bastante parecido com Snake Plissken, personagem interpretado por Kurt Russel.
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Igual mas um pouco diferente
A jogabilidade também foi adaptada de Sons of Liberty, e isso fez com que o jogo ficasse um pouco mais fácil, um novo leque de possibilidades de infiltração. A habilidade de atirar usando a visão em primeira pessoa foi inseriada nessa versão, assim como as armas com dardos tranquilizantes, atirar nos rádios dos guardas e também se pendurar em frestas nas paredes e plataformas, habilidades que no PSX não eram possíveis. A IA dos inimigos foi melhorada, assim como o poder de percepção, combate e a possibilidade de comunicar-se entre si e detectar o jogador mais precisamente. Ou seja, quando o seu personagem é visto no jogo ficou mais díficil de se esconder ou enfrentar os inimgos, o jeito é fugir, se esconder e ficar quietinho, esperando a poeira baixar.
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Can you hear me, Snake? Snake?!? SNAAAAAAAAAAAKE!!!!
A série Metal Gear é um clássico do mundo dos videogames, a versão para Gamecube peca no aspecto de que é a mesma versão para PSX, está tudo lá, a trama, os inimigos envolventes, o sistema de jogo furtivo, a dublagem profissional, a trilha sonora que te coloca na ação do jogo, os momentos cinematográficos, o climão de filme de espionagem. Esse game marca o início da trilogia do fim do personagem Solid Snake, terminando em Metal Gear Solid 4: Guns of Patriots.
Não é um jogo para se jogar é um jogar que você vive o personagem. Você não controla Solide Snake, você é Solid Snake. Isso é o que diferencia a série Metal Gear de outros jogos, a imersão. Muita vezes você se vê apenas assistindo as animações do jogo e nunca reclama, é um filme com interação. A parte em que Snake é torturado por exemplo, você tem duas opções, resistir a tortura ou submeter-se a ela, cada uma revela um final do jogo.
Mesmo tendo detonado o jogo no PSX, lá em 98, Twin Snake é pedida certa pra qualquer fã da série, seja pelos gráficos, seja pela jogabilidade, ou mesmo pela vontade de um replay na briga familiar de Solid Snake contra Liquid.