Dois anos após o lançamento do primeiro Drawn to Life, a 5TH Cell lança uma nova sequência pronta para viciar e cativar novos jogodares. Em mãos, você terá um jogo que vai muito além da qualidade de seu antecessor, com níveis superiores de projeto e jogabilidade.
Mais uma vez, está na hora de você ajudar ao povoado de Raposa a resolver os seus problemas, que não apenas incluem as ações do mal mas também a singularidade dos desaparecimentos relacionados. A bordo do mágico Turtle Ship, o nosso herói sem nome vai se arriscar numa variedade de mundos para retificar e resolver esse mistério. E é claro que você, jogador, está automaticamente incluso na história quando a tarefa é ajudar.
O jogo começa com uma loooonga introdução carregada de diálogos, o que pode ser um tanto chato para aqueles menos pacientes ou interessados com o enredo. Finalmente, então, você estará apto para criar o seu personagem. Basicamente, você pode desenhar, colorir e fazer o seu próprio herói para o jogo. É realmente muito divertida a possibilidade de criar o seu próprio personagem, e os produtores tiveram uma preocupação muito grande em adaptar elementos 3D ao seu desenho. No modo de criação, você tem a liberdade para fazer o que quiser, e quanto maior for a sua dedicação com o projeto, mais impressionante o seu personagem vai parecer. Uma vez que o seu herói estiver pronto, você então deverá interagir com os moradores do povoado e explorar as diversas áreas. Conversando com os cidadãos, as primeiras missões serão elencadas, ao passo que você também receberá ajuda na história.
Mesmo que Drawn to Life: The Next Chapter seja um tradicional jogo de plataforma, na medida em que você progride pelos vários níveis do jogo, será necessário criar vários objetos como armas e até mesmo veículos, que vão adicionar alguma imparidade ao título, dando-lhe uma sensação de “posse” do mundo em que você está jogando. Algumas vezes será necessário que você intervenha no mundo, desenhando, por exemplo, pontes para evitar que o seu herói caia nos buracos. A limitação dos resultados está em sua própria imaginação, então você criar as soluções mais alucinantes possíveis, o que sem dúvida é uma ferramenta muito divertida para todos os jogadores. Além disso, há alguns puzzles no jogo onde você deve criar determinados objetos com um número fixo de linhas, o que certamente adiciona algum desafio. Os níveis do jogo são muito variados, mas relativamente curtos, o que é uma coisa boa levando em conta que se você perder toda a sua vida, não será necessário repetir todo um caminho longo e exaustivo.
A história contém diversos elementos cômicos, mas uma quantidade exagerada de diálogos ao meu ver, que atrapalham um pouco o fluxo do jogo. Quem não tem muito interesse de ficar lendo os textos, vai se ver apertando o botão A por um bom tempo até pular para uma nova fase de desenho ou plataforma. O que me impressionou foi o desfecho inesperadamente maduro, dado que o público-alvo do jogo são jovens e principalmente crianças.
No que diz respeito aos gráficos, The Next Chapter tem visuais bem coloridos, com grandes níveis de design e animações decentes dos personagens. Ainda que o seu herói às vezes pareça um pouco sobreposto, o simples fato de você criar o seu próprio personagem, aliadas às ferramentos de criação, são o bastante para deixar qualquer um impressionado. Com uma variedade considerável de efeitos sonoros e uma trilhassonora de bom gosto, Drawn To Life: The Next Chapter fica acima da média dos outros jogos.
A 5TH Cell conseguiu trazer uma interessante sequência ao seu jogo original. O que ficou a desejar foi a história arrastada, que se fosse um pouco mais envolvente certamente teria ajudado a deixar o game ainda melhor. Mas ainda assim, The Next Chapter supera o primeiro Drawn To Life em todos os aspectos, oferecendo uma das melhores maneiras para você praticar a parte criativa e a parte lógica de seu cérebro ao mesmo tempo.
Drawn to Life: The Next Chapter – DS – Nota final: 7.5
Gráficos: 8.5 – Som: 7.5 – Jogabilidade: 7.5 – Diversão: 7.5