Prévia: Tales of Graces, o RPG mais promissor do Wii

em 29/11/2009

Foi quase unânime a recepção apenas morna para Dawn of the New World , continuação direta de Tales of Symphonia, lançada ano passado para ... (por Gustavo Assumpção em 29/11/2009, via Nintendo Blast)

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Foi quase unânime a recepção apenas morna para Dawn of the New World, continuação direta de Tales of Symphonia, lançada ano passado para o Wii. Apesar de não ser um game ruim, não agradou por repetir fórmulas prontas e parecer pouco inspirado. Quando ninguém imaginava, no entanto, os donos do console da Nintendo tiveram mais uma esperança: depois do sucesso de Vesperia, eis que era anunciado Tales of Graces exclusivamente para o Wii.

  • Contos de uma expectativa anunciada

normal_Asbel_Lhant_ToGQuem conhece alguma coisa de RPG, ou já jogou algum Tales of, sabe que a série da Namco Bandai é conhecida pelo seu sistema de batalha com mais ação do que o normal e as jornadas longas e por ora confusas. A verdade é que a série, apesar de não possuir um grande respaldo do público, vem crescendo muito nos últimos anos, ainda que esteja a um nível longe das grandes séries do gênero. Graces é um claro exemplo desse crescimento – mas ainda sofre da falta de inspiração.

O game se passa em mundo chamado Efinea, onde todo o progresso foi criado com base no uso de duas substâncias: Arles e Cryas. Nesse mundo, três reinos brigam insistentemente pelo controle do poder: Windol, Strata e Fendel. É em Windol que mora Asbel, filho de um senhor feudal local e protagonista do game. Asbel é um jovem cheio de si, alegre e que vive como qualquer garoto da sua idade. É então que ele decide se alistar na academia de cavaleiros do local. A partir desse ponto, o enredo avança sete anos, para quando Asbel está praticamente formado. Nessa época, nosso herói está abalado pela morte recente do seu pai, a partir de onde a história se desenrola, mostrando as transformações que o uso da força causa nas pessoas, exemplificado na história de um jovem alegre e infantil que se torna alguém preso e que não consegue demonstrar seus sentimentos.

Durante a jornada, Asbel vai conhecer Sophie, a outra protagonista da história. Sophie é inocente e doce, mas parte disso vem da falta de memória. Outro personagem importante na trama é Hubert, irmão de Asbel que parece não ter uma boa relação com ele. Ainda temos a estranha Cheria Barnes, o boca-aberta Pascal, o instrutor da escola de cavaleiros Malik Caesars e o Príncipe Richard, que sempre admirou e confiou muito em Asbel.

A verdade é que a ambientação não traz nada de muito diferente do que já foi visto em outros games do gênero: aspecto feudal, cavaleiros, histórias familiares, personagens desmemoriados. Talvez essa seja a grande ideia aqui: manter a fórmula repetida até a exaustão por longos anos em dezenas de games do estilo. O que ganha um grande up é o belíssimo visual, resultado de um cuidado maior com os efeitos e uma limpeza maior de cenários e personagens - que continuam em estilo anime.

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  • Um Tales of autêntico, mas com um passo além

Como eu já disse aqui, a grande sacada da série Tales of em si é o sistema de batalha. Em cada game, a ideia de um estilo com mais ação é ampliado e evoluído. O sistema em Graces recebe o gigantesco nome de SS-LMBS, ou Style Shift Linear Motion Battle System, que permite ao jogador mudar o estilo de combate durante as batalhas (um dos exemplos dados é a opção do herói lutar com a espada embainhada ou com ela na mão). Cada estilo fica armazenado em um botão (A ou B) e pode ser trocado simplesmente pressionando o comando determinado.

O novo sistema também possibilita uma ferramenta chamada side-step, que seria uma forma de evasão dando um pequeno passo para o lado, permitindo uma movimentação de 360º no campo de batalha. Com isso, a equipe de desenvolvimento espera que Graces seja o game mais variado da série. Se fosse pra fazer alguma previsão, é possível que o sistema seja bem próximo de Tales of Destiny – contudo mais balanceado e complexo. Para ampliar ainda mais a experiência, a Namco Bandai já confirmou suporte ao Classic Controller PRO, em alternativa ao esquema original com Wii Remote + Nunchuk.

Para quem tem um DS, ainda tem uma novidade muito benvinda. É só acessar a DS Download Play enquanto estiver jogando Graces: lá será possível acessar um minigame chamado Kanemin Merchant, onde o jogador enfrenta dungeons geradas aleatoriamente, recheadas de inimigos. Quanto maior é o seu avanço no jogo de Wii, mais localidades são liberadas no DS. Da mesma forma, itens conseguidos no portátil podem ser transferidos para Graces. Kanemin Merchant também será disponibilizado separadamente para download via DsiWare em data e preço ainda não estipulados.

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Tales of Graces é até agora um dos games mais promissores para a safra 2010 do console. Embora um lançamento ocidental ainda não tenha sido confirmado, é provável que ele aporte em terras ocidentais na segunda metade do ano que vem.


Estudante de Jornalismo, apreciador de rock britânico, pouco cuidadoso com as palavras, rico de espírito, triste com as relações nesse mundo e esperançoso com o futuro.
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