Análise: Hotel Dusk: Room 215 (DS)

em 08/09/2009

  Às vezes um bom jogo é feito apenas de anúncios, propagandas e notas dadas por veículos ‘especializados’ no assunto – porém quando o jog... (por Jones Oliveira em 08/09/2009, via Nintendo Blast)

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Às vezes um bom jogo é feito apenas de anúncios, propagandas e notas dadas por veículos ‘especializados’ no assunto – porém quando o jogamos, vem a decepção: o jogo não é tão bom, isso quando não é uma porcaria. São os famosos hypes. Fugindo totalmente à essa regra, Hotel Dusk: Room 215 (DS) é um jogo que teve sua divulgação restrita a algumas newsletters, mas não porque é ruim – pelo contrário!

dusk01 Ambientando no final da década de 1970, Hotel Dusk: Room 215 é um adventure policial que nos faz lembrar dos bons jogos point-and-click que tinhamos no PC antigamente. Na pele do ex-investigador e agora representante de vendas da Red Crown em Los Angeles, Kyle Hyde. Você é enviado pelo seu chefe ao distante e empoeirado Hotel Dusk em busca de alguns itens. Porém nem tudo é tão simples quanto parece.

Kyle Hyde na verdade só usa sua profissão como fachada parahoteldusk_1 continuar procurando seu ex-parceiro Bradley, cuja história está intimamente relacionada com o motivo do seu desligamento da polícia de Nova Iorque, onde ele morava. O problema é que, misteriosamente, a história do hotel e dos seus hóspedes está ligada aos acontecimentos do seu passado e ao seu ex-parceiro Bradley. Logo Hyde percebe a necessidade de conversar e conhecer a história de cada hóspede do hotel a fim de tentar solucionar o mistério que envolve o hotel e sua busca por Bradley.

hotel-dusk-1 É impossível evitar o clichê – o jogo lembra muito os clássicos film noir da década de 1940 e 1950, apresentando os principais pontos que caracterizaram esse tipo de filme. Com personagens moralmente ambíguos e cheios de mistérios, o jogo se passa todo nas dependências do hotel, o qual tem em seu histórico assassinatos e relatos de aparecimento de fantasmas. Bem como nos filmes que marcaram o estilo, o jogo também apresenta elementos de preto-e-branco com a representação dos personagens e cenários aquarelados, além de longos diálogos responsáveis por 80% de todo o jogo.

examiner A jogabilidade é extremamente intuitiva – o DS deve ser segurado em pé como se fosse um livro e toda a ação é coordenada com o uso da Stylus. Na tela sensível ao toque você guiará seu personagem na visão de um mapa e na outra tela você tem todo o cenário do jogo com gráficos que aproveitam o potencial do DS. A exploração do cenário também é um dos pontos fortes do jogo – você pode interagir praticamente com tudo o que há no Hotel. A trilha sonora também foi bem selecionada – elementos de blues e jazz estão presentes para dar um ar clássico ao jogo. O problema é que quando se joga demais, as músicas começam a ficar repetitivas.ntr_hoteldusk215_ss05

Os puzzles são o segredo do progresso no jogo. Durante todo o jogo você deverá realizar escolhas – desde o que falar com os demais personagens, até o momento certo de carregar determinados itens. Caso você deslize em algum diálogo, chateando os hóspedes ou agindo de maneira suspeita, o dono do Hotel aparece para te colocar para fora de lá, dando um fim ao jogo.

hotelduskHotel Dusk: Room 215 é um jogo extremamente inteligente, cuja história é apresentada abruptamente ao jogador, o qual vai descobrindo-a como se fosse um livro clássico no melhor estilo Sidney Sheldon. Confusa e cheia de reviravoltas, o jogador se sentirá surpreso em vários pontos do jogo, principalmente se deixar se envolver com o jogo. Os puzzles atendem todos os níveis de dificuldades e sempre apresentam uma forma inovadora de usar a Stylus – esqueça a mesmice.

Para quem gosta de jogos inteligentes e de boas histórias que o envolvam com o jogo, Hotel Dusk: Room 215 é um título must have do Nintendo DS e que exigirá algo em torno de 10 horas de raciocínio e paciência para finalizar. Excelente do começo ao fim.

 

Hotel Dusk: Room 215 (DS) – Nota Final: 9.0

Gráficos: 9.0 | Som: 7.5 | Jogabilidade: 9.0 | Diversão: 9.0

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