Quando a Nintendo pensou em fazer mais games Zelda para o GameBoy e entregar a produção a um time que estava iniciando no desenvolvimento de games, muita gente entortou o nariz. Era uma equipe pequena, subdivisionária da Capcom e quase sem expressão alguma. Eis então que o projeto é iniciado com a idéia original de fazer três games que pudessem ser jogados independentemente ou em conjunto. Mas os primeiros resultados não foram nada animadores, o que levou a equipe de desenvolvimento a tomar a atitude de suprimir um dos episódios. Foi só em 2001 que finalmente eles chegaram as lojas. E extremamente em forma!
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The Legend of Zelda Oracle of Seasons
O primeiro dos dois games era Oracle of Seasons. Como já deu pra imaginar, o enredo girava em torno do místico Oráculo das Estações, um artefato mágico que garantia ao seu possuidor a capacidade de mudar as estações do ano. Na trama, Link estava passeando pelos arredores do castelo de Hyrule quanto sente que a Triforce o está chamando. Corajoso ele chega perto do artefato e é sugado sem quase perceber. Quando acorda, está em uma floresta completamente desconhecida. Caminhando durante um tempo, ele chega até uma clareira e encontra um jovem e bela dançarina chamada Din. Rapidamente ela se encanta com Link e o convida para uma dança. Tímido ele fica meio sem ação, mas ela o agarra pelo braço e ele acaba cedendo. Quando já se faziam alguns m omentos da dança, eis que o céu escurece e uma voz grita do alto: “Finalmente encontrei você Din! Sou Onox o general da escuridão... Revele-se agora Oráculo das Estações”. Onox captura Din e a leva. Link então fica sabendo que Din é na verdade a própria personificação do Oráculo e que sem ele o reino de Holodrum entrará em colapso! Nosso herói então parte para encontrar Din e salvar o reino da destruição.
O grande trunfo da jogabilidade de Oracle of Seasons está no uso inteligente do próprio Oracle of Seasons. Faça virar inverno para congelar um lago e poder passar por ele... Faça virar primavera para que uma flor cresça e você possa pisando nela atravessar um buraco... . Os controles são os mesmos da série Link´s Awakening com pequenas alterações de balanceamento e a presença de mais itens, embora em LA os enigmas foram ainda mais interessantes. A resposta dos comandos estão mais rápida e mais eficaz nas batalhas. Graficamente o game esteve na vanguarda dos portáteis. Usou uma palheta de cores muito maior e sprites mais bonitos. Os inimigos, os chefes todos eram muiot bem construídos, atingindo um nível poucas vezes vista no GameBoy Color. No geral, Seasons era pior que Ages, mas mesmo assim divertia muito. A jornada é longa e recompensadora, mas carecia de ritmo em algumas partes, além de se tornar um pouco cansativa próximo ao fim.
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The Legend of Zelda Orcale of Ages
O Segundo dos games de Yoshiki Okamoto, era bem mais idealizado e melhor pensado que Seasons. Com uma trama mais bem contada e menos confusão para usar os itens, o game pode ser considerado um dos grandes do Game Boy Color. O sistema de ligação com o outro Oracle, curiosamente chamado de Link (ligação em inglês) uma alusão ao personagem protagonista da série, é muito bem construído e torna as tramas não só interligadas, mas p arte de uma só. Gráficos e som eram bastante parecidos com Seasons bem com os controles.
Na trama, Link acorda do nada em uma floresta completamente vazia e desconhecida por ele. Depois de andar um pouco ele ouve gritos de socorro que ecoam pelo lugar. Seu espírito de salvar quem precisa fala mais alto e ele corre para achar quem é que está em perigo. Sua surpresa é imensa quando descobre que os gritos eram de Impa, a serva de Zelda que estava sendo atacada. Ao ver Link, os seres que atacavam ela fogem. Link então descobre que Impa está procurando uma cantora de voz muito doce chamada Nayru e resolve ajudar ela na sua procura. Depois de andar mais um pouco, eles encontram Nayru que cantava alegremente. Então Impa dá um riso maléfico que ecoa pela floresta. Ela se transforma em Veran a Feiticeira das Sombras rapta Nayru e diz “O Oráculo das Épocas agora é meu!”. Enganado, Link decide correr atrás de Veron e recuperar o Oracle of Ages.
Viajar entre o passado e o futuro era recheado de ação e de um bom ritmo. Esse é o grande trunfo do game: suas dungeons são melhor elaboradas, e em maior quantidade, além dos puzzles parecerem bem melhor pensados. O game é mais balanceado e longo, o que o torna claramente mais divertido. Fazendo uma ponte, podemos dizer que Seasons é mais cabeça enquanto Ages é mais ação. Mas ambos se completam e estão no nível de qualquer game da série e com roteiros que estão entre os melhores já feitos pela Nintendo.