Blast from the Past: Ninja Gaiden (NES)

em 22/04/2009

  Lançado originalmente para o Arcade, Ninja Gaiden recebeu um port muito bem feito para o NES em 1988 no Japão, Ninja Gaiden trouxe pa... (por Jones Oliveira em 22/04/2009, via Nintendo Blast)

 

Lançado originalmente para o Arcade, Ninja Gaiden recebeu um port muito bem feito para o NES em 1988 no Japão, Ninja Gaiden trouxe para o console da Nintendo um enredo bem trabalhado, digno de filmes hollywoodianos na época, e a utilização de cutscenes cinematográficas. O game foi sucesso absoluto no NES e rendeu 2 continuações. Relembremos os bons tempos desse jogo fantástico e desafiador.

Blast from the Past: Ninja Gaiden (NES) - Nintendo Blast

Vingando a morte pai

Para os dias atuais, o enredo de Ninja Gaiden pode parecer um pouco batido, mas para a época o jogo fez uso de um bom enredo que recebeu uma mãozinha das técnicas artísticas implementadas no jogo para receber a classificação de enredo inovador por muitas pessoas.

Blast from the Past: Ninja Gaiden (NES) - Nintendo Blast Você é Ryu Hayabusa, último descendente de um clá de ninjas que possuem a Espada do Dragão, e seu pai foi morto em um duelo há alguns dias. Em uma carta encontrada após a morte do pai, Ryu descobre que o desejo do pai depois que morresse é que seu filho siga para os Estados Unidos e procure o arqueólogo Smith para saber mais sobre um estranho artefato. Ainda ferido com a morte do pai, Ryu viaja para a América, mas mais para vingar a morte do seu pai do que para fazer o que ele pediu. Não demora muito para que o nosso herói ninja se veja no meio de uma trama sinistra que ameaça todo o mundo.

O grande mistério do jogo está no dito artefato citado pelo pai de Ryu. Ao encontrar o arqueólogo, Ryu acaba descobrindo que o artefato na realidade é duas estatuetas demoníacas que, se unidas, é são capazes de libertar uma espécie de demônio.

No decorrer do jogo e da história, o jogador acaba por se envolver na história a medida que os mistérios aos poucos vão sendo resolvidos. O grande clímax do jogo é quando surge a dúvida: “será que o pai de Ryu realmente está morto?”.

 

Até quem é ninja sofre

Para que se chegue a tal dúvida, primeiro o jogador terá que suar bastante e criar alguns calos nos dedos de tanto jogar. Ninja Gaiden apesar de mostrar bons gráficos e sons de primeira qualidade que oferecem suporte ao enredo bem trabalhado, na realidade se destaca pela dificuldade de suas fases. Ao longo dos seis níveis de fases, o jogador passa por maus bocados.

Blast from the Past: Ninja Gaiden (NES) - Nintendo Blast A partir do segundo nível do jogo o caldo começa a engrossar e cada vez mais aparecem mais inimigos. Alguns deles são especiais e extremamente irritantes como a infeliz da águia do 3o nível. Quero acreditar que por uma limitação de hardware ou linguagem de programação, se você matar um inimigo à frente e voltar um pouco a tela, ele estará novamente presente, ressurgido das trevas – agora imaginem matar um exercíto de 4 militares com bazookas que não param de lançar projéteis e só porque você voltou um pouquinho na tela para pegar aquele item maneiro, terá que enfrentá-los novamente.

Antes fossem só os inimigos o motivo da dificuldade do jogo. Não bastasse a enorme quantidade deles em algumas fases, experimente ser atingido por um deles para ver o que acontece. O nosso ninja peso-papel é arremessado lá longe com qualquer encostada. Como as fases possuem inúmeros precipícios, não raramente você morrerá por ter sido arremessado lá longe e caido em um desses involuntariamente.

 

Pra todo mau existe um remédio (ou não…)

Para ajudar a transpor as difíceis fases, nosso guerreiro nipônico conta com alguns power-ups e habilidades bastante interessantes. Além da espada padrão, destruindo alguns candelabros, matando alguns passarinhos e coisas do tipo ao longo das fases, Ryu pode adquirir itens que servirão como sub-armas: são as shurikens, bolas de fogo que são lançadas por todos os lados e técnicas especiais de piruetas no ar.

Blast from the Past: Ninja Gaiden (NES) - Nintendo Blast A boa utilização desses itens/power-ups podem facilitar sua jornada em meio ao enxame de inimigos, porém para tudo tem um limite. A utilização dos power-ups dependem dos ditos spirit-points. Cada um deles gasta uma quantidade X de spirit-points e uma vez atingida a quantidade mínima ou 0 de SPs, será necessário re-obter o power-up para utilização.

Além do tradicional pula-pula para transpor obstáculos, também dá para escalá-los. Basta pular em uma parede e nosso destemido ninja gruda feito mosca e pode subir por eles pulando de um lado para o outro. O mais interessante aqui é que a “escalada” só pode ser feita dessa forma e o ninja não consegue simplesmente subir na plataforma – primeiro ele tem que pular para outra para então subir na outra com outro pulo. Acredito que isso tenha sido feito pra dificultar um pouco mais, senão o jogo seria muito fácil.

 

Difícil, mas agradável

Jogando Ninja Gaiden percebe-se como o foco dos jogos mudaram hoje em dia. Muitos criticam as plataformas Nintendo hoje em dia dizendo que elas oferecem, em sua maioria, jogos casuais ao extremo. Porém se pararmos para jogar qualquer jogo da terceira geração, em especial Ninja Gaide, iremos notar que todos os jogos de hoje em dia parecem fichinha na frente desses.

Blast from the Past: Ninja Gaiden (NES) - Nintendo Blast Mesmo “encantando” com sua dificuldade, Ninja Gaiden atrai jogadores de todas as idades pelos gráficos coloridos e bem trabalhados, sons de primeira qualidade e um enredo bem apoiado nesses dois últimos. A Tecmo sem dúvidas nos presenteou com uma obra prima que foi capaz de reunir uma enorme legião de fãs que estão aí até hoje nas não tão boas continuações da série.

Ninja Gaiden é o típico do jogo para poucos devido a sua dificuldade, mas recomendado a todos que gostam de um bom desafio e um bom jogo.

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