Disaster começa com uma apresentação digna de filme hollywoodiano (e isso não foi um elogio) num resgate à beira de um vulcão. A morte de Steve, melhor amigo de Ray (personagem principal) dá início à trama. Bem, o que posso dizer? Primeiramente digo que a história é fraca, com poucas sensações empolgantes e a ação varia entre o aceitável e o interessante, ou seja, a ação é boa, sem muitas queixas, mas é notável que poderia ser muito melhor.
A dublagem é boa, mas nada muito impressionante, e neste ponto vai até uma crítica, às vezes a voz empregada nos personagens é um pouco desproporcional com a ação do jogo, o que chega a soar “falso”, por isso que me referi aos filmes de hollywood, pois por vezes a interpretações das vozes frente a uma catástrofe beira o ridículo.O jogo consiste basicamente na ação e exploração. Os cenários sofrem uma sucessão sem fim de desastres naturais (e não-naturais) onde o Ray deve explorar em busca de vítimas para socorrer, e de quebra enfrentar membros de uma organização terrorista que aproveita dos desastres para saquear a cidade, e é justamente aqui que se encontra o gancho do enredo. Steve, amigo de Ray que morreu no desastre do vulcão no início do game, pede a Ray que ele cuide de usa irmã. Com a irmã do Steve raptada pelo grupo terrorista, Ray passa a arriscar sua vida para salva-la (uma história um pouco glichê, mas sinceramente, já vi histórias muito piores em jogos muito mais alardeados).
Mas deixemos a história um pouco de lado. A variedade de ação e jogabilidade de Disaster deve ser elogiada, o game é formado por três elementos que se alternam o tempo todo: exploração, tiroteios e condução. São 23 estágios que mudam constantemente a jogabilidade, por vezes fazendo com que o jogador salve vítimas de explosão ou afogamento; no mesmo instante faz com que Ray tenha que se esconder e trocar tiros com terroristas, para logo em seguida o colocar dentro de um carro para fugir de uma inundação antes que a água tome conta da cidade. A respeito desta última (as fugas de veículo) deixo até um comentário, o game faz com que o jogador segure o Wii mote na horizontal para simular um volante, de cara pensei: “uma cópia de Mario Kart”... nunca foi tão bom estar enganado. A direção do veículo é impecável, logo que você pega a manha do controle, conseguirá fazer curvas perfeitas, derrapagens, e logo se dá conta que a física do game nessa parte foi muito bem trabalhada. Agora imagine você na direção de um carro enquanto os prédios da rua onde você passa começam a explodir? Bom demais.
Os tiroteios fogem ao simples padrão de tiro, colocando no game um efeito mais “steel”, onde o jogador deve esperar o momento adequado para sair de sua cobertura e acertar o inimigo em pontos vitais para evitar ficar muito tempo vunerável, é um ponto que limita um pouco a ação, mas simula melhor como seria um tiroteio contra terroristas (pelo menos é a sensação que me deu). O ícone d-pad auxilia na troca de armas. Os tiroteior ficam mais interessantes nas dificuldades elevadas, quase impossível passar dos níveis finais, mas sem ações apelativas, o que combina um equilibrio muito bom.
Agora o ponto onde o jogo se faz de verdade é na exploração em busca de vítimas. Nenhuma reclamação da câmera, que nessas ocasiões fica em terceira pessoa e se movimenta no automático, à medida em que o jogador percorre o cenário em busca de sobreviventes em Ridge City, que Ray deve curar, fazer respiração artificial, estancar sangramentos e outros métodos similares. Durante as explorações, há uma barra de stamina que incide na desenvoltura de Ray, a barra pode ser levantada com alimentos que se encontra no cenário (o que é ridículo pra mim, Ray quebra uma lixeira e aparece um hambúrguer gigante), mas se a barra chega ao fim você se deparará com Ray desmaiando. A barra de stamina, ao meu ver, foi uma maneira dos desenvolvedores do game transmitir ao jogador a sensação de urgência do game, mas peca pela farta quantidade de alimentos no cenário. Pessoalmente, eu não passei nenhuma necessidade por stamina o game inteiro. Os sensores de movimento do são utilizados com frequência com uma enorme variedade de movimentos, dependendo da ação que você quer desempenhar, e embora o motor de jogo não seja impressionante pelos padrões de hoje, assim como os gráficos, está longe de ser um game medíocre.Outro fator interessante são os up grades. Ao longo do game o jogador irá acumular experiência para melhorar os atributos de Ray, como capacidade de armas, força, stamina, espao para itens, etc., isso aumenta a interação com o personagem principal.
Disaster: Day of Crisis é um bom jogo, com doses de exploração e ação e estágios bem bolados, o que garante um bom replay (principalemte pelas alterações do nível de dificuldade e pelas muitas missões opcionais), mas infelizmente ficou uma sensação de que podia ser muito melhor, faltando só um pouco mais de capricho. Pelo menos é um game original, que foge aos padrões atuais. Ponto positivo nesse aspecto. Em suma, o game cumpre seu papel e garante diversão do início ao fim.
Disaster: Day of Crisis é um bom jogo, com doses de exploração e ação e estágios bem bolados, o que garante um bom replay (principalemte pelas alterações do nível de dificuldade e pelas muitas missões opcionais), mas infelizmente ficou uma sensação de que podia ser muito melhor, faltando só um pouco mais de capricho. Pelo menos é um game original, que foge aos padrões atuais. Ponto positivo nesse aspecto. Em suma, o game cumpre seu papel e garante diversão do início ao fim.
Disaster Day of Crisis (Wii) – Nota: 8.2
Gráficos: 7.8 Som: 8.0 Jogabilidade: 9.0 Diversão:8.5