A série Fire Emblem talvez seja uma das menos conhecidas pelo público Nintendista ocidental. Isso se deve principalmente a baixa quantidade de games que chegaram desse lado do globo e pela complexidade da fórmula, nem sempre muito aceita pelo público daqui. Pensando em popularizar a série, a Nintendo refez o primeiro Fire Emblem, lançado em 1990 para o Famicom. O original tinha o gigantesco nome de Fire Emblem: Ankoku Ryū to Hikari no Ken (algo como Fire Emblem: Shadows Dragon and the Blade of Light) e se tornou apenas Fire Emblem Shadow Dragon em seu lançamento ocidental. E acredite: é um senhor remake!
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Esse reino é meu e defenderei até o fim
Shadow Dragon conta a história de Marth, o príncipe do reino de Altea, reino esse que há muito tempo atrás foi atacado pelo império de Dolhr liderado pelo Shadow Dragon Medeus. O então jovem guerreiro Anri consegue em uma batalha épica derrotar o inimigo e se tornar uma verdadeira lenda para os habitantes do reino.
100 anos depois, a paz foi restaurada e os reinos convivem em uma aparente calmaria. Mas Medeus foi ressuscitado e com todo o seu poder atacou o reino de Akaneia e dizimou toda a população incluindo a princesa Nyna.
É então que o herdeiro do trono o príncipe Marth tem que assumir a reponsabilidade e tentar destruir o inimigo com ajuda dos outros guerreiros da região. O arqueiro Gordin, Os Cavaleiros Abel e Caim e o paladino Jagen são alguns dos ajudantes da sua jornada.
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Remake refinado
Logo quando você liga o seu DS, é bem claro que o game não lembra muito o original. Quase vinte anos depois o visual do game ganhou efeitos que o Nintendinho nem sonhava. Todos os cenários foram retrabalhados e os personagens redesenhados. Alguns efeitos de luz são realmente brilhantes assim com a movimentação e a qualidade dos sprites durante os diálogos. Confesso que a primeira vista pode parecer um visual aquém do potencial do DS, mas não é: em alguns momentos chega a impressionar pela apresentação refinada.
A trilha sonora também tem o estilo próprio da série (e que me agrada muito por sinal). As canções são tipicamente feitas para embalar os combates e criar o clima, principalmente nos momentos de clímax (e consegue cumprir perfeitamente bem).
Outra parte interessante é que Shadow Dragon oferece algumas novidade bem palpáveis com relação ao original (sem spoilear, há batalhas novas, novos personagens jogáveis e um combate inédito memorável que merece ser jogado por todo fã da série). Isso mostra o capricho da Nintendo absolutamente com cada detalhe.
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Estratégia típica do gênero
Quem já jogou algum game da série, sabe que FE segue a típica fórmula dos RPGs estratégicos. Basicamente o ponto chave para o sucesso é saber se movimentar adequadamente e usar as armas corretas contra cada tipo de inimigo. E tudo continua basicamente igual aos demais games da série sistema até mesmo parecidos com Advance Wars (outro grande sucesso da Nintendo no gênero).
No DS a tela inferior ganhou poucas funcionalidades. É claro que você pode movimentar os personagens e executar as ações exclusivamente com a Stylus, mas nada de muito diferente do usual. Além de você poder controlar todo o jogo através da stylus, também está disponível o controle através dos botões de ação e do direcional do portátil. Dessa forma, o jogador pode optar pela experiência mais confortável a ele.
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Um game desafiador
FE Shadow Dragon é um game imperdível. Tanto pra quem é fã da série como pra quem curte games de estratégia. A roupagem nova dada pela Nintendo é impressionantemente interessante e artisticamente válido. Confesso que tentei encontrar defeitos ao longo da jornada de Marth mas eles são inexistentes. Talvez o game seja um pouco fácil no início, talvez ele pudesse ser mais longo, talvez ele pudesse usar mais a tela de toque... Mesmo assim é um remake com R maiúsculo para o DS.
Fire Emblem Shadow Dragon – Nintendo DS – Nota Final: 8.5
Gráficos: 8.0 | Som: 8.5 | Jogabilidade: 8.0 | Diversão: 8.5