Análise: Call of Duty World at War (DS)

em 08/12/2008

Quando Modern Warfare saiu para o DS ano passado, muita gente ficou impressionado com a experiência que o game proporcionou, lembran... (por Gustavo Assumpção em 08/12/2008, via Nintendo Blast)

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Quando Modern Warfare saiu para o DS ano passado, muita gente ficou impressionado com a experiência que o game proporcionou, lembrando em muitos pontos os shooters antigos para PC, muito mais simples e descompromissados que os atuais. Menos de um ano depois, o DS ganha sua versão do quinto capítulo da série denominado World at War. E não é que ele conseguiu ser ainda melhor?

Imagens: IGN.com

  • Se não está do meu lado é meu inimigo

 

World at War oferece uma experiência bem completa seja no modo single player, seja no multiplayer. No primeiro as missões e objetivos são bem divertidas e possuem um nível razoável de dificuldade (a não ser o chatíssimo tutorial que poderia fornecer a opção de ser optativo).

Quem jogou Modern Warfare no DS ano passado, sabe que o grande problema do primeiro game era ser linear demais não aproveitando os cenários em três dimensões para absolutamente nada. Em WatW isso ainda ocorre mas de maneira bem menos evidente. É possível agora aproveitar melhor os locais para fazer as abordagens de combate, esquivar dos ataques inimigos e armar emboscadas claro sem a estratégia no nível dos games para consoles de mesa.

A AI dos inimigos também teve um salto considerável de desempenho. Apesar de ainda estar um pouco longe do ideal, os personagens conseguem dessa vez ser um pouco menos imbecis, embora na maioria das vezes eles executem os mesmos movimentos e as mesmas ações. Outra adição bem vinda são as estatísticas que mostram os números de mortes e sua eficiência no controle de armas. Bem legal mesmo.

 

  • Ambientação totalmente II War

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Logo no início do game fica evidenciado que a N-Space evoluiu muito desde o último ano na parte técnica. A recriação dos ambientes e das localidades está muito melhor trabalhada, os personagens estão mais detalhados e os cenários mais realistas. A parte tutorial do início do game mostra isso de uma forma bastante clara. Há personagens e veículos na terra e aviões rasgando o céu. Realmente para o DS impressiona.

A recriação de um ambiente de guerra também é muito bem feita. O uso do duo de cores marrom e verde é feito de uma forma bem interessante sem deixar o game pesado ou escuro demais. A animação dos personagens e os diálogos são muito bem feitos também. A sensação realmente é de estar em um campo de batalha esperando pelo pior. Essa sensação é aprofundada pela boa trilha sonora e os excelentes efeitos sonoros, sem dúvida entre os melhores que já aoareceram no DS.

 

  • Jogabilidade Básica

 

O gameplay parece muito com outros games do gênero no DS com a Stylus controlando a visão e em alguns momentos a movimentação. Embora seja interessante esse esquema, com o tempo o jogador sente um pouco de incômodo e uma dorzinha na palma das mãos (coisa comum no DS diga-se de passagem).

O game dispõe de muitos usos para a tela sensível além dos usuais. O melhor exemplo disso é quando um minigame transforma o game em um verdadeiro Trauma Center na segunda guerra. O jogador tem que curar ferimentos e fazer curativos em uma interface intuitiva e que serve como um respiro na ação tradicional do game. Há outros minigames como os que imitam comunicações por código morse e desarme de minas por exemplo.

Ainda há alguns problemas no game como a movimentação meio sensível demais e uma certa dificuldade para se executar ações simples. Mas nada muito irritante não. Outro defeitinho é que as 26 missões são na maioria das vezes muito parecidas.

Outro ponto que houve uma sensível evolução com relação ao game anterior foi no multiplayer. Agora estão disponíveis muito mais modos de jogo incluindo os tradicionais Deathmatch e Capture the Flag. Curiosamente quase não há nenhum lag na disputa mesmo com bastante objetos na tela.

 

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  • Finalizando

 

Call of Duty World at War é uma experiência muito mais rica que Modern Warfare (pelo menos no DS). O portátil mostrou que pode sim receber bons games de tiro em primeira pessoa e oferecer modos de jogo completos e um multiplayer bastate eficiente. Se você é fã de games do gênero vale a pena dar uma espiada. A AI pode ser meio burra as vezes e os objetivos podem ser repetitivos, mas é um senhor game de guerra.

 

Call of Duty World at War (DS) - Nota Final: 8.6

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Estudante de Jornalismo, apreciador de rock britânico, pouco cuidadoso com as palavras, rico de espírito, triste com as relações nesse mundo e esperançoso com o futuro.