Análise: Animal Crossing: City Folk (Wii)

em 22/12/2008

Animal Crossing é uma das franquias mais peculiares da Nintendo. Daquele tipo “ame ou odeie” como tantos outros. Pode ser comparada à T... (por Sérgio Estrella em 22/12/2008, via Nintendo Blast)

Animal Crossing é uma das franquias mais peculiares da Nintendo. Daquele tipo “ame ou odeie” como tantos outros. Pode ser comparada à The Sims, mas o foco de AC é a comunicação e tem um certo feeling de RPG. A versão para GameCube trouxe o conceito para o ocidente, enquanto a versão DS o sofisticou ao mesmo tempo em que trazia o multiplayer online e a portabilidade. Já a versão para Wii soa mais como um pacote de expansão para a versão DS, mas não deixa de ser uma experiência sem igual, como veremos nesta análise.

  • De malas prontas para a nova vila

  O jogo começa com você dentro do ônibus em direção à sua nova vila. Eis que surge o gato Rover no banco ao lado para lhe perguntar seu nome, o nome da vila e outras questões que vão definir sua aparência no game. Pra quem jogou a versão DS, pode importar seu personagem e catálogo para City Folk, mas vá se despedindo dos seus Bells e itens.

Assim que chegar, é hora de escolher sua nova casa e comprá-la do Tom Nook, o esquilo capitalista. É claro que, como você não tem dinheiro vai ter que ir pagando aos poucos e terá que fazer alguns trabalhinhos pro Tom Nook. Assim que esses trabalhos terminam, você ganha sua liberdade e o jogo de fato começa.

  • Vida tranquila mas ocupada

O game segue um ritmo próprio, com uma trilha sonora tranquila e que muda de hora em hora. Por falar em hora, o jogo acontece em tempo real, ou seja, mesmo quando você não está jogando, o dia-a-dia continua acontecendo na vila. Se você ligar o jogo às 8 da noite, serão 8 da noite em sua vila também, a lua já estará estampada no céu e alguns moradores já terão ido dormir. Tudo é regulado pela data/hora e há muito o que fazer! Você poderá pescar, capturar insetos, plantar árvores, escavar fósseis, decorar sua casa, criar constelações, roupas e acessórios, participar de campeonatos, eventos e muito mais.

No entanto, pra poder participar de tudo, é preciso dinheiro, ou melhor, Bells, a moeda do jogo. E como ganhá-los? Vendendo seus peixes, insetos, fósseis, itens e fazendo favores para seus vizinhos. Mas não se esqueça de pagar sua casa!

  • Cultura urbana

Em Animal Crossing, é muito importante manter a comunicação com seus vizinhos e demais personagens conversando, cumprimentando e enviando cartas e presentes, os quais sempre serão respondidos com outro presente. Não que isso seja uma tortura, afinal os personagens transbordam carisma e os diálogos são muito divertidos. No final das contas, você acaba criando ligações afetivas com alguns personagens e inimizade com outros, o que ajuda em muito prolongar o fator replay do jogo.

Em City Folk, os diálogos soam mais naturais e a inteligência artificial parece ter sido melhorada. Alias, a versão para Wii traz pequenas melhorias e maior variedade para praticamente todos os aspectos do jogo. Porém a grande aposta dessa versão é a cidade, uma nova área acessada através do ponto de ônibus, em que você pode ir ao salão de beleza, cartomante, participar de leilões e outras atividades, mas nada que realmente prenda o jogador.

O jogo também pode ser usado com o Wii Speak, microfone para ser usado no chat online, que inclusive, estréia o recurso no Wii. No entanto, em Animal Crossing, a novidade não demonstra ser de grande utilidade e vai passar batida por grande parte dos jogadores.

  • Fórmula melhorada

No Wii, todas as melhorias e a nova cidade soam como um pacote de expansão, como acontece com The Sims. A série ficou muito mais receptiva e interessante para os novos jogadores do Wii, mas pode parecer repetitiva para quem já jogou outro jogo da franquia, impressão que a interação com o Wild World, a cidade, e a adição do Wii Speak não conseguem apagar.

Animal Crossing: City Folk (Wii) - Nota Final: 8.0

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Autor do Blog "iceBreaker" , "Nintendo Blast" e "Hellness". Moro em Curitiba-PR, e curso Design Gráfico na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
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